MEU VIZINHO CAPIVARI

Há um pomar no quintal da Academia e sempre que me sento embaixo de uma frondosa mangueira, meus olhos percorrem as curvas do rio Capivari, que passa a poucos metros do alambrado.

Não me contento em vê-lo ao longe, me aproximo.

Em uma de suas margens tem grandes pedras, pedras essas onde calangos douram ao sol escaldante do meio da tarde. Chego mais perto, todos correm.

Fico imaginando como teria sido em outra época, onde se pescavam e talvez alguém se banhasse nele. Escuto o som suave e quase que imperceptível da água correndo, já não mais tão limpa e caudalosa.

Me acalma percorrer suas águas contornando as dificuldades encontradas pela frente.

Elas simplesmente se vão, sem se preocupar com o tempo, pois ela certamente chegará a seu destino.