O TOM DA VOZ

Francisco de Paula Melo Aguiar

Pelo tom da voz se desenha o perfil da pessoa, envolvendo o caráter e a persona. Algo que pode mudar e algo que não pode mudar.

E não é diferente para expressar o relacionamento com o outro: marido X mulher; pais X filhos; políticos X o eleitorado; etc.

Assim sendo, o tom da voz é mais "revelador" do que simulacros das palavras "mansas", "fracas", "fortes", "pacificas", "agressivas", "passivas", "ativas", "imperativas", "construtivas", "desttutivas", etc.

Quem não assistiu, ainda está em tempo de assistir pelo menos um horário gratuito da propaganda eleitoral, para tomar conhecimento e ciência própria da tipologia humana presente em cada candidato de carne e osso, o falar e a tonalidade da voz, a arrogância e a sutileza escondida nas entrelinhas das entrevistas e na forma de vender o peixe para pedir o voto.

A prepotência ferve como o sangue "coronelesco" do tempo da pedra lascada. Agora isso é o sentimento tácito proveniente de candidatos de ambos os sexos. Apenas pequenas exceções são detectadas com perfis diferentes e quem sabe, sejam diferentes.

O fracasso, enquanto ponto fraco de cada um se faz presente em cada fala e ou intervenção que "faz" em termo de promessa para ficar bem na foto para com o eleitorado. Algo parecido com alguém que faz chantagem, por exemplo, com Nossa Senhora da Penha, se ganhar a promessa não vai ser paga nem com areia da praia. Isso é falta de assunto.

Gente, o tom da voz provoca confiança e desconfiança, empatia, estimula ou não a intimidade, no caso de marido X mulher, pais X filhos, por exemplos.

O diálogo franco do casal, assim como do candidato a cargo eletivo se baseia mais no estado de espírito do que nas palavras.

Assim como o marido X a mulher X filhos tem a necessidade de se sentirem amados. E não é diferente no relacionamento dos candidatos X o eleitorado que quer se ver respeitado em vez de enganado.

O amor é representado pela inflexão da voz e sua doçura entre os amantes, assim como a abelha é atraída pelo aroma inebriante das flores.

O tom da voz em qualquer momento e de qualquer pessoa, candidato a cargo eletivo e ou não é mais importante do que o tema do assunto defendido e ou discutido e ou apresentado.

A tranquilidade no momento certo para abordar sem interrupções, por exemplo, um assunto complicado, precisa o falante está seguro para falar com gentileza e convicção. O convencimento e ou não tem origem a partir da forma como foi exposto o assunto.

O tom da voz tem o poder de sedução e estimula intimidade entre os amantes e confiança entre os não amantes ao longo da vida bela X feia, forte X fraca, heroica X covarde, inegligente X ingênua. A humanidade é assim.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 04/09/2022
Código do texto: T7598013
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