Finalmente descobri o que é Burnout

Na quinta-feira passada eu finalmente descobri o que é Burnout.

Cheguei ao Fórum meio dia pra uma audiência de ANPP, que seria realizada no tribunal do júri. Era a minha primeira vez numa audiência dessas.

A audiência estava marcada pra começar uma hora da tarde.

Logo na entrada do fórum encontrei um analista chegando pra trabalhar e o perguntei sobre a realização da audiência. Ele me disse que a porta do tribunal do júri estaria aberta. Fui logo verificar e estava trancada. Ele já estava voltando pra me dizer que entraríamos pela porta interna. Resolvido isso entramos eu e o meu cliente.

Estava eu no tribunal do júri e foi chegando pessoas e mais pessoas, eram advogados com seus clientes. Até onde eu contei entraram umas cinquenta pessoas. Confesso que achei aquilo bem estranho, dava a entender que seria uma audiência coletiva. Mas os processos eram distintos.

Mas como as surpresas em audiência são muitas, o vídeo estava ligado e imaginei que alguém ainda ia participar de forma online.

Estavamos sentados na segunda fileira da direita, quando entrou um ex-professor meu e sentou-se ao meu lado, estavamos representando a mesma pessoa em parceria.

A audiência atrasou e fomos conversando enquanto isso. Não éramos os únicos a conversar, estava parecendo uma feira livre de tanto barulho de conversa.

Foi nessa nossa conversa que meu professor me falou que outro ex-professor estava afastado de seu cargo na faculdade e o outro cargo público devido ao Burnout.

Eu falei com ele que não tinha ideia do que era esse tal Burnout. Ele é casado com uma psiquiatra e me explicou tudo detalhadamente sobre a Síndrome de Burnout. Foi realmente uma aula.

É estranho isso, eu nem gosto muito de ouvir sobre algumas coisas com medo de me identificar com alguns sintomas.

E eu até tenho alguns mesmo. Mas corro do tal de psiquiatra. Nisso eu lembrei das vezes que eu fui em um psiquiatra.

Só fui ao psiquiatra duas vezes na vida, mesmo assim porque era obrigado pelo edital do concurso que prestei.

No segundo psiquiatra que eu fui, era um jovem recém formado, bem simpático. Mas eu não me sinto muito à vontade num consultório pra fazer uma avaliação com um psiquiatra. Talvez seja besteira minha, não sei se é só comigo.

Logo veio ele com aquelas perguntas generalistas, e eu fui respondendo e acabou de tornando um bate-papo, ele me disse que havia se formado na UFMG, e eu disse que conhecia bem a UFMG, conversamos sobre as calouradas que tínhamos participado em BH, sobre os pontos turísticos da cidade e tudo mais. No final ele me disse que tinha até mais perguntas pra fazer, só que não era mais preciso, já tínhamos conversado e estávamos rindo muito das nossas histórias ali lembradas.

Voltando ao assunto da audiência, o juiz atrasou mais de uma hora e quando entrou de forma online, o som não funcionou, demorou mais meia hora pra consertar.

Enquanto isso o falatório era como um zumbido de abelhas.

Quando conseguiram resolver o problema do áudio o juiz apenas perguntou se alguém foi obrigado a fazer o acordo, e quem tivesse sido coagido de alguma forma que se levantasse. Ninguém se levantou, então ele disse que o acordo estava homologado e encerrou a transmissão. Assinamos a ata de audiência e fomos embora.

No momento em que conversamos aproveitei pra tirar algumas dúvidas com o professor. Professor é professor sempre, dentro e fora da faculdade.

Somos grandes amigos hoje, é uma pessoa que eu respeito muito. E como ele é mineiro de Peçanha , nos damos super bem. Convivendo com o deboche aqui dos capixabas com o nosso sotaque de Minas Gerais.

Abreu Lima
Enviado por Abreu Lima em 03/09/2022
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