ITATIBA

Em bom Tupy, Itatiba quer dizer muitas pedras e, por conta desse fenômeno geológico local, o município e a cidade herdaram o nome.

Fomos conhecer as belezas da região numa mistura salutar de lazer e de instrução.

Apesar do meu descontentamento pela existência de parques zoológicos, onde os animais não humanos ficam confinados em recintos que, nem de longe se comparam aos seus habitats naturais, na eterna monotonia do sem ter o que fazer, apresentam-se obesos, inertes ou em movimento pendular que é a evidente manifestação de distúrbio mental por conta do cativeiro, torna-se passeio instrutivo por termos a oportunidade de ver, ainda vivos, os animais de todos os continentes.

Os, quase humanos, lêmures de Madagascar; flamingos, grous e tigres asiáticos; elefantes, hipopótamos, rinocerontes e girafas africanos; casuar, emu e canguru australianos e os brasileiros divididos conforme as regiões: amazônica, pantanal, mata, caatinga.... As aves são espetáculo à parte pela diversidade das formas e da beleza colorida da plumagem.

O zooparque Itatiba, instalado numa área de 50 ha, é considerado o maior parque zoológico do Brasil.

Além dos animais vivos, possui interessante museu em que fica demonstrada a evolução da vida nesses 4,5 bilhões de anos desde os unicelulares até os atuais.

Cenas apresentam animais taxidermizados ou réplicas em material plástico, desde os reptilianos jurássicos até os da última glaciação, impactantes tanto pelo tamanho avantajado como pela fidelidade da textura, cores e formas sugeridas pela Paleontologia.

Um dos painéis mostra a evolução dos primatas até nossos dias com réplicas de fósseis cranianos do Gênero Homo recolhidos em escavações arqueológicas realizadas nos diversos continentes.

Entre as réplicas há uma “família das cavernas” e LUCY, a mais antiga fêmea da nossa Espécie que viveu na Etiópia.

Depois do almoço com pratos típicos na Fazendinha, restaurante de rodovia entre os municípios de Itatiba e Louveira, visitamos uma vinícola em Jundiaí, sem grande interesse pois que, nesta altura do inverno, as videiras estão em dormência que é pausa fisiológica antes da brotação os sarmentos, folhas, flores e frutos na primavera que se avizinha.