REDUÇÃO DE PREÇO
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Era uma vez um país que aumentava o preço da gasolina, do álcool, do óleo diesel e do gás de cozinha toda semana para obedecer o alinhamento de preços internacionais do barril de petróleo "atrelado" ao preço do dólar. Outra hora o aumento de preço de produtos e seus derivados tinha como "álibi" a guerra da Ucrânia x Rússia. E por aí vai o disse me disse...
Quando menos se pensava, surge pequena redução envolvendo centavos do preço do litro dos combustíveis, elemento manipulador dos meios de comunicação para manipular a massa em período eleitoral a viajar no tapete do "cala" a boca do mito que visa tirar vantagem eleitoral.
E a propaganda da redução "ficta" do preço dos combustíveis, está fazenda a festa, cantada em versos e prosas, mais que as estrofes do Hino da Independência e ou do Hino Nacional na semana da Pátria, o valor maior da nacionalidade brasileira. E isso é fato, a massa fica satisfeita com muito pouco e ou quase nada em período eleitoral. É por isso que a massa nasce pobre, vive assim e morrerá pobre, com raras exceções. Ela sabe que está sendo manipulada e chantageada para esquecer o preço real de um litro de combustível para soltar fogos e fazer festas todas as vezes que é anunciada a redução de alguns mínimos centavos de reais furados. Isso porque a finalidade da redução não é diminuir o preço de nada e uma forma de iludir a massa que vive nas nuvens em céu de pobreza de tudo, inclusive de pensar e fazer critica construtiva e sair do estado em que vive.
A mente ocupada da massa em contar que está recebendo redução de preços na compra de combustíveis, faz ter a esperança necessária de que virar mais redução de centavos para trocar o "poder" político pelo "puder" encher o "mealheiro", sonho de consumo de brincadeira criança.
O imaginário popular ocupado faz a massa não ter tempo de sonhar com o preço da gasolina, do álcool, do gás de cozinha, da cesta básica e do diesel, porque está baixando, sic, ilusão de consumo da mídia nacional para complementar a renda que o horário da propaganda eleitoral "gratuita" esquece de dizer. É uma pena que tudo isso ainda esteja ocorrendo na terra de Santa Cruz, quinhentos anos depois do descobrimento e ou achamento, naquele tempo o "indigena" entregava a riqueza ao desconhecido trocando por maracá, espelho, enfeites brilhantes da armação dos europeus.
A massa não tem crítica própria no presente porque se acha satisfeita com "muito" pouco e ou quase nada, por isso mesmo continuará sendo massa, igual a uma boiada que desfila rumo ao matadouro.
A massa sem qualificação de mão de obra se conforma em receber o Auxilio Brasil pago pelos nacionais que trabalham e pagam impostos para isso financiar.
A cultura dos meios de comunicação: TV, rádios, jornais, redes sociais, Internet, etc, sem nexo em tais falas argumentam o grande feito sem justificativa e ainda falam em redução dos preços dos alimentos que dependem de fertilizantes mais baratos depois que acabar a guerra da Rússia X Ucrânia. A massa não acende o foto com fósforo queimado...
Triste é saber que a cultura da massa não é a mesma do agronegócio, da política que é um negócio como outro qualquer e muito menos de redução de preço dos derivados de petróleo e dos produtos da cesta básica, porque não é grama que nasce, vive, morre e renasce no mesmo lugar sem nada exigir.
O amanhã é incerto e os centavos ora reduzidos dos preços dos combustíveis serão cobrados com juros, correção monetária, taxa selic, etc, de todos brasileiros em um futuro bem próximo porque a Petrobras foi feita para ter lucros, assim como qualquer outro negócio.