Uma coisa difícil quando mudei para os Estados Unidos era a parte de entender a resposta, quando eu pedia alguma informação. Naquele tempo, sem a tecnologia moderna, quando viajávamos levávamos sempre um mapa no carro. Era comum parar na estrada para estudar a rota.
Muitas vezes, para confirmar a localização, eu, "a rainha dos postos de gasolina" parava para fazer perguntas. As respostas sempre pareciam muito complicadas : “vai pelo oeste, depois vira para o sul, continua reto no norte…” e eu voltava para o carro mais perdida do que cachorro que cai de caminhao de mudança. A minha bússola, embora falha, sempre foi: esquerda, direita, dar uma rézinha ou ir para a frente.
Nos dias de hoje, quando passei a usar o GPS, ainda me frustro quando coloco um endereço, e depois de um certo tempo ouço a voz feminina do aplicativo Waze: “Você chegou ao seu destino!” e olhando dos dois lados, com cara de paisagem, não consigo achar o lugar.
Mas com GPS ou sem ele, tempos antigos ou modernos, uma coisa constatei no meu inicio da vida aqui: mesmo sem falar o inglês o suficiente, ou usar ou não as técnicas modernas, quem tem boca pode chegar a Roma - mas nem sempre.