Os limites do limite
A imposição de limites deve ser aplicada com muito critério pelos pais, de modo que não acabe por cercear a capacidade de escolha, de de defesa, e de manifestação de vontade de uma criança.
Os limites da obediência sequer poderão beirar os da opressão, vez que esta aniquila a autoestima e o sentimento de capacidade da pessoa em formação.
Uma situação é emocionalmente abusiva se, por exemplo, os adultos sempre tiram sarro, se fazem pouco caso das ideias e preocupações, ou se depreciam o infante na frente de outras pessoas.
Se, os pais ou responsáveis recebem como desacato as manifestações da personalidade infantil. Ou, se provocam nas crianças o sentimento de culpa e de desajuste, por meio da chantagem emocional e da falta de aceitação.
Casos em que estarão a amalgamar nos pequenos um caráter deformado - seja para o lado da subserviência, seja para o da prepotência, arrogância e agressividade.
Ressalte-se que esse mister materno e paterno é também uma relação interpessoal, devendo-se observar fatores como autoconhecimento, amor próprio, tolerância, empatia e assertividade.
Afinal, todo tipo de relacionamento requer certo grau de Cerimônia, isso irá garantir a todos um mínimo de Respeito, Individualidade e Privacidade - tripé que sustenta o desenvolvimento da dignidade humana - tão necessária para a formação de um indivíduo inteiro.
Portanto, apto a relacionar-se de forma saudável com os mais diversos tipos de caráteres e adversidades.
Certo é, que o relacionamento abusivo pode deixar marcas bem mais profundas do que a velha e censurada chinelada...