OS SINOS E AS MÚSICAS FAZEM PARTE DAS REVOLUÇÕES
Os Sinos e as Músicas Fazem Parte das Revoluções
(Vento Lusitano)
[blem, blem, blem, blem...} - Os sinos ressoavam no seminário de Olinda em 06 de março de 1817, cinco anos antes da Independência do Brasil. Conta-nos a história que o Nordeste foi palco de uma das maiores revoltas contra Portugal. Era a Revolução Pernambucana, a única que saiu da fase de conspiração para tomar o poder de fato. No dia da vitória da Revolução Pernambucana, que durante 75 dias instituiu uma república independente no nordeste brasileiro, o som era dos batuques dos tambores percussores dos maracatus proibidos pelos portugueses. E no caldeirão do sincretismo religioso de Pernambuco no início do século 19, os tambores dos maracatus não era o único som que simbolizada o sucesso dos rebeldes. Os sinos da igreja são tradicionalmente o meio de comunicação mais efetivo naquela época que não existiam radio nem telefone. Então, os sinos tocavam e de acordo com o ritmo dos sinos se sabia que noticia se tratava.
{Grândola vila morena} {Terra da fraternidade} {O povo é quem mais ordena} {Dentro de ti ó cidade ...} - A música tocava em Portugal em 25 de abril de 1974, portanto, 157 anos depois da Revolução Pernambucana, esses foram os versos que deram início à Revolução dos Cravos, desta feita do outro lado do atlântico. Trata-se da canção “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, proibida pelo regime ditatorial de Antonio Oliveira Salazar, que dominava o país desde 1926. Na madrugada de 25 de abril de 1974, o povo português estava na expectativa, à espera de escutar os dois sinais pactuados pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para iniciar a sublevação contra o poder estabelecido. A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. A população saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento.
Como se observa os sinos, às músicas, faz parte das revoluções, das manifestações populares. Louvo a Deus que no Brasil sempre ouçamos os sinos tocar, mas sempre ressoando a linguagem da PAZ. Que sempre ouçamos as músicas tocar, mas músicas ressoando a linguagem do amor pelo BRASIL.