A possibilidade concreta e rente de retomar ao posto do mandatário-mor da nação deve deixar todos neurônios dele com faca no olho. Penso o que deve passar na cabeça do Lula nesses tempos de campanha e dos tantos que pegarão uma fatia do bolo, caso vença. Esses tantos são os calços, catapultas e atiçadores infatigáveis pra que ele não deixe a peteca cair e possam transformar em pó quaisquer ruídos que teimarem em surgir. Apesar de saber que candidato é marionete nas mãos dos hábeis e maquiavélicos marqueteiros, não dá pra deixar de ver nele algum fiapo de boa intenção de fazer um bem ao país. Que esse cara, do alto dos seus 75 anos, seja capaz de honrar os tantos votos que terá e que, talvez, o coloquem no trono desejado. Que abrace essa (quem sabe?...) última oportunidade de disputar um pleito presidencial num contexto de polaridade em que seu principal opositor deixou a desejar em tantas coisas, o que lhe traz uma vantagem única a ser explorada grão a grão. A nossa vida e a de milhões de outros brasileiros poderão ficar menos áridas se tivermos um presidente (ou presidenta) que cumpra as demandas do cargo com decência, comprometimento e, sobretudo, livre das maracutaias que nunca deixam de aparecer. Que não sejam elas as reais motivadoras de quem vencer a parada dessa vez.