UM É POUCO, DOIS É MUITO, TRÊS É DEMAIS
Francisco de Paula Melo Aguiar
O imaginário popular é rico e sábio demais, sem sombra de dúvidas, a massa sabe tudo com e ou sem provas.
Uma certa vez um prefeito corrupto e revoltado com a atuação parlamentar da oposição na Câmara Municipal, contratou tudo que existia de "imprensa" dirigida para anarquisar os representantes do povo. O assunto foi parar nos meios de comunicação: na TV, nos jornais, nas emissoras de rádio e na Justiça. E o prefeito se viu agoniado e soltando fogo pela venta.
Aí o prefeito abriu o "erário: para qualquet vereador que quisesse mudar de lado. Teve muita gente se vendendo por um contrato de um salário minimo para a esposa, outro se vendendo por dois contratos de um salário minimo para a filha e outro salário mínimo para a amante, e por fim, teve gente que se vendeu por três salários mínimos, botou três "amigos" para assinar os recibos sem fazer nada para o município todos os meses, a única obrigação que os três "amigos" tinham com o vereador, era receber o dinheiro, ficar com 40% (quarenta por cento) e repassar para o vereador 60% (sessenta por cento) todos os meses.
Então, um é pouco, dois é muito e três é demais. Isso é a introdução a prática de corrupção contra a população frágil e que precisa de serviços públicos de qualidade: creches, escolas, remédios, empregos e rendas, etc.
Em todas as falas do prefeito o assunto era o tema principal, que ele agora tinha a maioria na Câmara Municipal porque os vereadores sabem que ele não é corrupto.
E assim, um certo dia, o prefeito tomou "uma" , saiu fos trilhos e foi puxar conversa com um batedor de barro para fazer panela, jarro, filtro, etc, tudo de barro, tijolos, etc, aí o prefeito perguntou para o oleiro: o que você está fazendo amigo velho? aí ele respondeu: estou fazendo um vereador, então, porque você não faz um prefeito? em cima da bucha o oleiro respondeu: porque a merda é pouca.
Essa estória entra pelo pé do "pinto" e quem quiser conte cinco.