A brisa ajudou brotar uma paixão
O vento balanço a franja que cobre sua testa, desarrumando-os e lançando uma mecha que lhe cobriu parte do rosto. Ela coçou o nariz duas vezes e puxou os cabelos para trás, prendendo-os num rabo de cavalo alto. Seu rosto livre dos fios encaracolados parecia permanente, mas era natural mesmo. Os longos cabelos presos revelavam toda a beleza do rosto sem maquiagem. O contorno do pescoço exposto com sua suave curva. Os meninos da sua classe gostavam de aprecia as linhas que desciam de sua nuca e uniam-se aos ombros desnudos. Talvez fosse o tom da pele, talvez simplesmente fosse ela. Mas naquela manhã permanecia imóvel, olhos fixos no céu azul, alheia aos acontecimento a seu redor. Seu pensamento viajava longe sensação estranha, uma mistura de saudade, e felicidade ao mesmo tempo. Não teve dúvida estava apaixonada. Queria Paulinho ao seu lado, iria velo no período da tarde na escola. Disfarçadamente daria um jeito de fica a só com ele, já que por ser carinhoso e um gatinho fofo, as meninas não davam trégua. Lembrou de quando ele percebeu a discreta cicatriz sobre a sobrancelha direita, um pequeno risquinho, quase imperceptível, mas que ele notara. Ele notava tudo. Não dizia tudo para não parecer paranoico, mas ela sabia que ele notava tudo. O silêncio, o olhar, o sorriso, os gestos. Ao rememorar estes fatos, alegrou-se, sorriu. Com a brisa que entrava pela janela, afastou-se a saudade momentaneamente, e iria tomar coragem e contar tudo que sente pra ele.