PREOCUPAÇÃO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Desde cedo todo ser humano tem preocupação em tudo, porque isso é uma questão natural de sobrevivência e porque não dizer de inteligência, sim, em oposição a toda e qualquer reação da massa, porque a massa representa a atitude da coletividade e não do indivíduo.
A pessoa preocupada com o presente e muito mais ainda com o futuro, representa por vias das dúvidas, a emoção necessária para unir o mundo em todos os sentidos possíveis.
A preocupação maior é que não se governa em qualquer parte do mundo sem dinheiro e sem corrupção. Onde tem política, tem dinheiro e se tem dinheiro, tem corrupção, não se governa com discurso puro e simples e ou proselitismo barato de período eleitoral de um querendo a adesão da massa com o "pires" na mão. Isso é sonhar demais sem ter ido as nuvens. Sem o toma lá, dá cá e ou dando é que se recebe, não se converte a oposição em situação, porque toda unanimidade é discurso de loucura. Não existe verdade e nem mentira única. A massa não quer saber de crise econômica, de pobreza, de segurança pública, de educação pública, de desenvolvimento, etc. A massa quer votar em "x" para se livrar de "y", não quer saber se a vaca vai e ou não para o "brejo". É o mesmo que tocar em Roma e ficar no alto vendo a cidade pegar fogo. E muito menos com o desmatamento ilegal. A lei não muda o costume que a massa pensa e faz de conta que quer mudança sem querer mudar nada.
A preocupação ultrapassa as diferenças sexuais, raciais, políticas e religiosas, educacionais, nacionais, regionais, locais, ambientais, etc. Nem os filmes, os documentários, os vídeos exibidos nos noticiários diários da TV e das redes sociais, inibem e ou faz surgir um arcabouço certo e ou errado do ambiente nacional. A pobreza e o desemprego levam as necessidades básicas de mais de trinta e três milhões de gente passando fome. Tudo isso é preocupante, além de ser dramático mesmo, a massa não tem demonstrado a preocupação necessária para mapear e dizer um basta a tudo isso. Uma prova disso, são os resultados das urnas nas eleições, onde os votos brancos, nulos e abstenções são números altos e sem respostas saudáveis de cidadania responsável.
A sociedade organizada, em tese representa a elite dominante, ex-vi as reportagens investigativas denunciando as milícias nos quatro cantos do país. As denúncias saem e o poder estatal nada faz para erradicar tal chaga social. As facções criminosas, sic, tem tecnologias de ponta, se presume que já existe uma espécie de poder paralelo e concorrente do poder estatal da segurança pública. Uma vergonha. O tráfico de droga é um Deus nos acuda e os presídios lotados, enquanto as salas de aulas estão ficando vazias. A juventude parece que sonha com dinheiro fácil e não com profissionais de futuro garantido via sua aprendizagem acadêmica.
Os lugares insuspeitos e perigosos, provocam a ansiedade popular e ou as alterações químicas no organismo humano que faz alimentar o vicio da incerteza para com o futuro.
A inteligência artificial é a construção surreal de quem quer, pode e manda e de quem não quer, não pode e não manda, portanto, "cuidado com a preocupação excessiva com dinheiro, posição ou glória. Algum dia você encontrará alguém que não se importa com nenhuma dessas coisas. Então você saberá o quão pobre você é ", segundo o pensamento do escritor e poeta britânico Rudyard Kipling(1865-1936).
Não é por acaso, com e ou sem democracia, que os fortes atacam de qualquer maneira os fracos, isso independe da liberdade de pensamento tão bem usado no atual do Estado de Direito Brasileiro.
É natural a incompreensão da massa com o próprio STF-Supremo Tribunal Federal, por parte de quem não quer fazer uso da democracia tendo como limite a legislação e jurisprudência nacional sobre o presente histórico vivenciado nos últimos tempos. A maior preocupação da elite está relacionada ao futuro dela, enquanto a massa e ou coletivo, age sem pensar nas consequências presentes e no dia do amanhã que virá com qualquer cor e ideologia partidária sacramentada nas urnas via o voto popular.
Não é por acaso que o cinismo é também sinal de poder e inteligência e de pragmatismo. O futuro é o amanhã, a invenção do dia seguinte, do novo que é sempre desconhecido para o povo, para a elite, não. Portanto, qual a preocupação da massa?