O DESTINO DA CIVILIZAÇÃO
O DESTINO DA CIVILIZAÇÃO
O renomado economista norte americano Michel Hudson, professor de economia na Universidade do Missouri do Kansas, pesquisador do Levy Economics Institute do Bard College é autor do livro “The Destiny of Civilization: finance capitalism, industrial capitalism or socialism”, que foi lançado no último mês de maio, e nele fica claro o porquê da China ter ultrapassado os Estados Unidos de forma irreversível, quer queiram, quer não queiram seus ferrenhos e belicosos torcedores tupiniquins.
Hudson explica de forma simples os conceitos centrais da sua obra: o capitalismo industrial, o capitalismo financeiro ou socialismo.
Segundo ele o “capitalismo industrial” surgido no século 19 contrapunha a lógica dos latifundiários de então porque quanto mais às indústrias produziam mais operários eram contratados, maior capacitação técnica era necessária e assim a economia se movimentava e todo mundo prosperava.
No “capitalismo financeiro” atual isso não ocorre e 92% dos ganhos de caixa nos Estados Unidos são gastos na recompra de ações ou no pagamento de seus dividendos para aumentar o preço das ações.
Portanto, as corporações não ganham dinheiro contratando mão de obra para produzir bens ou serviços para vender com lucro, elas meio que vivem do que investiram no passado e gastam os lucros que obtêm para aumentar os preços das ações para ganhar dinheiro com as finanças.
Vivem da especulação pela especulação e controlam isso através dos Bancos e da Mídia global.
“As economias de livre mercado de hoje são economias centralmente planejadas pelos bancos privados e não pelos governos e são planejadas contra os interesses do trabalho e das indústrias”, explica o economista.
“Como podemos ter nossos bancos dominando o mundo se existem outros países que não permitem que os bancos privados dominem o mundo, mas cujo governo cria bancos e dinheiro como utilidades públicas, como faz a China?”
Hudson argumenta que a China e outros países que não são financeirizados estão avançando enquanto nós voltamos ao capitalismo feudal.