O BARCO DE NOSSA EXISTENCIA

O BARCO DE NOSSA EXISTENCIA

Estamos a navegar em uma Nau imaginária que nunca para e tão pouco retrocede, e não sabemos dentro dos processos conscientes a quando e qual era o barco que tomamos quando decidimos empreitar essa viagem.

Partimos só, despidos de vaidades, desejos e conquistas.

Fomos atirados a partir de um porto extremamente movimentado em direção ao futuro, com uma pré-programada na qual a carta de viagem tem apenas os portos que obrigatoriamente teremos que passar.

A tripulação desse barco nos auxilia, mas no leme, agarrado ao timão, estremos sempre nós a dirigir e encontrar o mapa que foi traçado nessa relação espaço tempo. Envolto em panos branquíssimos, alvos como a neve somos despertados para o mundo cujo oceano e polvilhado de tantos barcos que o nosso é apenas mais um em meio a milhares.

Aprendemos nessa viagem a sentir o prazer desse oceano chamado, a sentir o aroma da existência e ao mesmo sentimos que é necessário buscar provisões e conhecimentos porque mares bravios, com ondas gigantescas irão fatalmente surgir.

Muitos não resistindo a essa tempestade abandona o barco ou o deixa a deriva, sendo jogado as rochas e logo vindo a sucumbir.

Nós outros, agarrados ao timão da embarcação, diante da solidão, cansados dela, procuramos um porto seguro onde poderemos encontrar um companheiro de viagem...As relações humanas , a intolerância podem nos conduzir ao retrocesso evolutivo e muitas nosso barco seguirá vazio e ficamos sob as águas claras do oceano de nossa imaginação, voltando a nossa origem, recomeçando nossa viagem desde o início de nossa existência.

Cansado de sofrer e alcançando o mérito de sofrer, voltamos novamente ao porto onde milhares de outros condutores de barcos buscam encontrar alguém que o impulsione e lhe faça companhia nessa grande viagem.

Mas que uma companhia idealizamos esse alguém, e no fundo compreendemos que esse alguém na verdade é alguém que nos moldamos a ele,que abdicamos de nossos sonhos, para sonharmos juntos com o que passaremos a denominar nosso grande amor , e até que as brancas velas de nossas embarcação balance ao sabor da brisa fria, e o tempo nos consuma, conduzindo nos a outros mares e oceanos, nos agarramos a essa figura que idealizamos para alcançar o oceano eterno de nossos sonhos.

E como disse alguém: “Quando tiveres um grande amigo, ou um grande amor, nunca o perca de vista,,,Pois ele pode evoluir primeiro.

Gilmar

Agosto 2022