Eu confio! Eu confio! Eu confio!
- Eu confio no martelo.
- Quê?! Tu confias no martelo?
- Sim. No martelo eu confio. O martelo prega pregos na parede.
- Confiar no martelo! E se uma pessoa empunhar um martelo e dar-te uma boa marretada, marretada não, martelada na cabeça, abrindo-te uma cratera até o cérebro, esmagando-o?!?
- Eu não tinha pensado em tal possibilidade.
- Pense.
- Eu confio no tijolo.
- Quê?! Tu confias no tijolo?
- Sim. No tijolo eu confio. O tijolo constrói casas, muros, prédios.
- Confiar no tijolo! E se uma pessoa pegar um tijolo e dar-te uma boa pedrada, pedrada não, tijolada na testa, esmagando-te nariz e olhos?!?
- Eu não tinha pensado em tal possibilidade.
- Pense.
- Eu confio no espeto-de-churrasco.
- Quê?! Tu confias no espeto-de-churrasco?
- Sim. No espeto-de-churrasco eu confio. O espeto-de-churrasco prepara churrasco de dar água na boca, suculento.
- Confiar no espeto-de-churrasco! E se uma pessoa empunhar um espeto-de-churrasco e dar-te uma boa facada, facada não, espetada no ventre, furar-te, desviscerar-te?!?
- Eu não tinha pensado em tal possibilidade.
- Pense.
- Eu confio no serrote.
- Chega! Chega! Basta! 'tá doido, moleque!? Confiar em objetos! Em objetos?!? O que tens na cabeça?!