APRENDENDO COM A UCRÂNIA

Debruçando por um pouco sobre a história desse país, notável particularidade nos chama a atenção, o fato de ser a Ucrânia o grande celeiro que garante comida para quase toda a Europa. Assim, acompanhando o desenrolar da guerra, vejo a Rússia lutando por um interesse histórico numa tentativa de ter de volta o que antes lhe pertencera. Uma luta entre Golias e Davi é travada, previsível, de um triste fim, caso não haja socorro por outros governos do mundo. Curiosamente, é estabelecido um acordo para que navios possam transportar grãos, particularmente para países que supostamente se fazem de intermediários, recebam comida, sendo regiões da Turquia, Grã-Bretanha e Irlanda. Enquanto isso, a Ucrânia continua a receber chumbo grosso da Rússia, numa matança indiscriminada de gente inocente, destruição de patrimônio da humanidade de forma deliberada e cruel. Quem pode entender o que uma guerra pode proporcionar na cabeça de governantes – destruindo tudo que existe pela frente, mas a comida devendo ser poupada. O que será que existe de semelhança entre esse quadro, quando vimos que o “celeiro” interessa, pois que sem comida muitos padecerão fome. Essa história de celeiro do mundo nos desperta uma grande preocupação, somos cognominados de “celeiro do mundo”, “pulmão do mundo”, e ainda, dizem da Amazônia internacionalizada. Tudo isso é a mais absoluta verdade, o mundo está dependendo de nós, penso que não existe dúvida quanto a isso. Mesmo tendo a praga do vírus covid-19 em que muitos foram mortos aos milhares de milhares, mesmo assim, no futuro breve não terá comida para tanta gente no mundo. Na história do Brasil, poucas guerras temos registrado, parece que somos intocáveis. Basta pensar nesse momento de eleições, mesmo vendo a desgraça do que vem acontecendo na nossa América Latina, parecemos estar brincando, fazendo piadas de nossa situação. Temos que imaginar que não somos tão fortes ao ponto de defendermos o que é nosso. Gente pelada promovendo protestos pelas ruas sem nenhum escrúpulo, não produzem nada, não passam de vermes da terra, pois que serão os primeiros a serem destruídos por sua insanidade ante a mão de ferro que deseja ser instalada no país. O que temos que aprender com a Ucrânia, deve ser o suficiente parra pensar que, assim como estão fazendo nessa guerra, quando nenhum país se arrisca a impedir tamanha destruição, pode acontecer também com a nossa gente, com o nosso país. O povo ucraniano tem um histórico de sofrimento de séculos de guerras e perseguições, nada comparável como a nossa história – Guerra da Conquista que dizimou a população indígena; a Guerra dos Palmares e o horror da escravidão contra a vida de 12 milhões de negros trazidos para o Brasil; a Guerra do Paraguai e os 370 mil mortos no maior conflito da América Latina, a Revolução de 1930 e a tomada de poder de Getúlio Vargas, até a Universidade do crime e suas consequências, etc. Temos uma história que as novas gerações desconhecem, é como se nada houvesse acontecido, sem falar nas diversas tentativas de instalação do Comunismo no Brasil. Ainda estamos em pé, porém, sendo desejado pelo mundo inteiro, basta a propaganda incessante da França em insinuar que a Amazônia deve ser de todos os povos. Precisamos acordar de vez e de forma rápida enquanto temos meia voz, pois que mesmo assim, a grande maioria tem se mostrado disposta a lutar. A Ucrânia teve seus dias áureos, o que lamentavelmente teve breve duração. No século XVII caíram sob a soberania da Polônia, sendo explorada pela nobreza de forma cruel, virtualmente escravizando os camponeses ucranianos, vindo em seguida a reconquista sob a liderança de um camponês de nome Bogdan Zinov (1593-1657) numa guerra revolucionária apoiado pela igreja numa aliança com os cossacos. A Ucrânia é um país da Europa Leste conhecido pelas suas igrejas cristãs ortodoxas, pela costa do Mar Negro, tendo como capital Kiev onde se reúnem grandes relíquias tombadas como patrimônio da humanidade. Muitos desses monumentos estão sendo destruídos aos olhos do mundo inteiro. Se tudo isso nos serve de aprendizado, o momento cruel dos ucranianos pode servir de exemplo de coragem em defesa de sua soberania. Sejamos amantes de nosso lindo país, saiamos de nosso casulo, façamos nossa parte em defesa do futuro de nossos filhos e netos, não desejamos o mesmo destino. É tempo de aprender com a Ucrânia!

15-08-2022