DIÁRIO DE UMA PANDEMIA (Dia 27; Dia 28; Dia 29)
Dia 27
21 de agosto de 2026
Neste fim de dia, pra dizer a verdade já é madrugada, ainda pude ver algumas das atrocidades que bicho gente anda realizando por aí.
Já se passaram vários dias desde que surgiu o primeiro caso e a Organização Mundial da Saúde vem monitorando a difusão do vírus que vem se espalhando pelo mundo.
E todos reforçando a afirmação de que ele veio da China.
E os meios de comunicação se deliciando com a difusão das notícias.
Os veículos de comunicação, da mesma forma que os urubus, alimentam-se com a morte. Com a tragédia. Com a catástrofe.
Mas eles não fazem isso sozinhos.
O banquete da mídia só mostra a avidez sórdida da população: as pessoas não gostam de ler, ouvir e assistir notícias sobre coisas boas.
A tragédia é mais empolgante do que a boa notícia.
O romance tem que ser muito bom para render uma boa plateia nas salas de cinema. Mesmo assim, se não tiver, pelo meio, alguma tragédia, as pessoas não vão assistir. As multidões que assistiram ao “Titanic” comprovam isso.
Mas se o filme retratar tragédias e terrores, porrada e pancadaria… ai a coisa rende.
“Velozes e furiosos” rendeu mais de meia dúzia de edições não porque conta o romance dos personagens, menos ainda por conta de uma discussão filosófica, mas porque mostra inúmeras cenas de explosões e carros capotando…
A tragédia é o prato preferido do ser humano!
Dia 28
22 de agosto de 2026
Aquele deputado é imbecil, mal intencionado ou mal informado.
O pior é que um tanto de gente se deixa levar pelas suas bravatas.
São os inocentes úteis. Aqueles que são facilmente manipulados. Massa de manobra do poder estabelecido que se vale da imbecilidade da massa para se manter no poder!!!
As pessoas preferem não pensar e por isso são sempre massa de manobra.
Não pensam com a própria cabeça, mas, como manada, são guiados pelos gritos irracionais dos seus condutores.
Neste caso o condutor e seu gado estão equivocados.
Os chineses não criaram esse produto que se espalhou pelo mundo.
Meu produto nasceu de uma amostra que um colega me trouxe dos Estados Unidos.
Já tínhamos sido parceiros em outras pesquisas e ele me trouxe uma amostra de sua pesquisa, para que eu o ajudasse.
Eu o ajudei e ele concluiu seu estudo. E o laboratório, ligado às forças armadas dos EUA, que o patrocinou está faturando bilhões.
Percebi o potencial de sua pesquisa e, como sempre faço, desenvolvi algumas amostras para meus estudos pessoais.
Graças a isso pude desenvolver meu produto.
Portanto, o produto é meu e não dos chineses.
E veio dos Estados Unidos e não dos morcegos das feiras chinesas!
E quem potencializou a distribuição a partir da China, não foram os laboratórios chineses, mas o pai desse bezerro desmamado, que anda berrando pelas pastagens das redes sociais.
Dia 29
25 de agosto de 2026
Antes de começar estas anotações de hoje estava ouvindo Zé Ramalho:
“Eh! Vida de gado, povo marcado e povo feliz!
Vocês que fazem parte dessa massa que passa nos projetos do futuro.
É duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber”
Essa canção me leva a uma certeza. Muitos loucos tentaram dominar o mundo. Outros tentaram fazer limpezas étnicas. Como se isso resolvesse o grande problema do mundo.
O problema não são as etnias nem a ausência de um dominador mundial.
O grande mal do mundo são as pessoas que aceitam a “vida de gado”.
O mal do mundo é essa multidão que aceita ser a massa de manobra dos projetos daqueles que desejam mais receber do que conceder.
O problema do mundo é que existe uma multidão que aceita, sempre “dar muito mais do que receber”. E recebe pouco porque os donos do mundo não querem conceder nem partilhar.
O mal do mundo é que as pessoas foram domesticadas e continuam sendo cabresteadas para não reagir. Leão domesticado vira gatinho de estimação.
Em relação às multidões está certo o ditado que diz: “Deixa como está para ver como é que fica”. E como está, embora não esteja bom para o povo, está bom para quem manipula o povo… então deixa como está…
Corretíssima a celebre afirmação de K. Jasper: “Massas e funcionários são mais fácil de conduzir quando não pensam, mas, tão somente, usam de uma consciência de rebanho”.