A VIDA
– O que é a vida? – perguntou a morte.
– A vida é uma caixinha de surpresas – respondeu a vida.
– Engraçada, no mínimo, histriônica! – repeliu a morte.
– Mas, o que é a morte? – perguntou a morte à vida.
– A morte é falta de opção. – insistiu a vida.
– Não me venha com sofismas! – sobeja a morte.
E ambas, não tendo algo preciso a dizerem, esquivam-se e caem no vácuo das respostas cretinas!
A vida é tão engraçada!
Quando pensamos no fim começa uma nova jornada, isso aconteceu a mim. Novos rumos e conhecimentos, planos pra vida futura; dias de contentamento e uma grande aventura!
Coração: terra desconhecida;
Corpo: terreno do pecado;
Vida: estrada bem dividida,
Cada qual vivendo seu lado!
Quando a gente, então, quer não existe mesmo limite, derrubamos as barreiras além do que a lei permite!
Contudo, nesses implícitos poréns:
“Vida dá-me que te quero, Vida!”
Mesmo que seja dura e penosa a lida, tenho-te um grande afã, lutam meus poros; quero-te muito, vida, gritam meus foros!
Mesmo que venham todos os castigos, todas as dores, e, pois, os perigos; todos os infortúnios, as intempéries: todos os males, assim, em séries!
Oh Vida, dá-me que quero viver em paz, viver por um segundo quase, me apraz!
E, se não for te pedir mais que demais, peço-te ainda um pouco, um pouco mais:
“Vida dá-me que te quero, Vida!” Mesmo que seja dura e penosa a lida, viver por um segundo quase, me apraz!
Oh Vida, dá-me que quero viver em paz!
A vida é, sim, feita de altos e baixos, uma saga, pois, perfeita com caprichos e relaxos!
A lei lá não é boa! Na lida vivemos todos por um triz! Aqui, pra se ser feliz, necessitamos da Pena de Vida!
“Vida dá-me que te quero, Vida!”