LITANIA ELEITORAL
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
A única inimiga do "ego" do(a) candidato(a) é a experiência de "solidariedade" e/ou comunhão que ele(a)tem com o(a) eleitor(a) segundo suas promessas não realizadas e que a população é testemunha ocular disso.
E isso significa que o eleitor sabe fazer a comparação entre um(a) e outro(a) candidato(a) para ser sustentado(a) até a hora de votar.
Infelizmente, tem gente que defende a ideia que Fulano rouba mais faz... e Beltrano não rouba e não faz... ledo engano.
É esse o imaginário nacional diante tantas verdades e mentiras (fakes) jogadas em todos os meios de comunicação (TV, jornais, revistas, redes sociais, boletins anônimos, etc).
O disse me disse que cada candidato(a) está vivendo, curtindo e compartilhando junto a população crédula e incrédula, o mundo sonhado e o mundo real, ambos em conflito de “santo e satanás”, que representa o combustível temático queimado antes, durante e depois de cada eleição.
Sim, porque a "sorte" do(a) outro(a) tem reflexo e afeta a todos, direta e indiretamente: inflação, segurança, saúde, educação, emprego e renda, acolhimento para visíveis e invisíveis, comida, bebida, moradia, festa, terra para trabalhar, etc.
Tudo isso faz parte do discurso repetitivo das ideologias concorrentes e enferrujadas da direita, da esquerda e do centro na hora de tentar manipular o eleitorado.
Está instalado o discurso do "lenga-lenga", cantilena e ladainha nacional, antes mesmo do horário eleitoral começar entre os concorrentes. Tudo não passa de mero simulacro para vender o peixe de cada um(a) candidato(a), já que a urna é uma espécie de coração de mãe, sempre cabe mais um(a). E esse horário não é gratuito, quem paga todas as despesas de campanha política é o Fundo Partidário, constituído com parte dos impostos diretos e indiretos pagos por todos(as) brasileiros(as). Todos(as) candidato(as), sim senhores(as), vão se sentirem atacados com ou sem razão de ser, por exemplo, quando o(a) concorrente ganha uma adesão importante e/ou um elogio insofismável. Faz inveja aos demais candidatos(as). A campanha política tem seus "oceanos" de fofocas sobre os(as) candidato(as) e seus feitos.
Qual o(a) adversário(a) que não se sente animado(a) com qualquer sinal de fraqueza e perda do(a) concorrente? Isso mesmo, cada ideologia e seus defensores vivem a hastear bandeira e discurso em cima da desgraça alheia.
Quem não tiver "podre" na corrida politiqueira, o(a) concorrente arranja um e bota a injúria, a calúnia e a difamação na rua... Ai vem à ladainha e/ou tumulto com os pedidos do direito de resposta. Tem "elogios" para todos os gostos e naipes dos baralhos ou candidatos(as) disputantes. Fede, porém não incomoda... Todo esse lixo mental é coletado para "formar" correligionários(as) e adversários(as) a se enfrentarem mutuamente. A ética não é usada por nenhum postulante, porque todos se julgam puros(as), não obstante o maniqueísmo das licitações e tomadas de preços das obras e serviços públicos nunca realizados ou prestados. Nada é feio na política, feio mesmo é perder a eleição.
Das obras intermináveis (creches, hospitais, estradas, medicação, iluminação pública, sinalização de trânsito com tinta vencida, calçamento feito de isopor, etc), onde as mesmas receitas são usadas para constituir riquezas indevidas e injustificáveis de agentes públicos envolvidos com ou sem mandatos eletivos e seus chaleiras de plantão, salvo exceções mínimas quase invisíveis de honestidade pública e notória, ainda existente nos oceanos da corrupção do erário em qualquer nível de poder.
E no final de contas, o eleitorado e/ou toda população, ficará com a litania, o tumulto, a ladainha, a fofoca da esquina, do ouvi dizer...e a conta das despesas passadas, presentes e futuras para pagar nos próximos quatro anos.
A política como é aqui praticada não representa o bem comum, uma vez que cada decisão tomada via eleição pela maioria dos eleitores que decreta a desgraça de todos brasileiros, porque representa o consórcio mantenedor da corrupção nacional, com raríssimas exceções.