Um mundo estranhamente passado...
Vidas despertas em horas antigas.
Um tempo já gasto pelos sol, lua, estrelas, invernos e verões que se foram enquanto a gente sorria e de vez em quando chorava de tristeza ou mesmo de alegria.
O que sentimos, o que aparentemente se desvaneceu, volta e meia, retorna...
Eu, a pensar, a relembrar. Por que? Tem sentido? Existem razões?
Para sofrer? Mas também para sentir a alegria de ter havido pessoas tão especiais que suas marcas continuam vivas em nossas almas... Uma frase, uma carta, uma foto, um gesto de carinho...
O que aprendemos dessas pessoas, ficam em nossas mentes. Podem por longas vidas que vivemos, guardadas, como reliquias de algo que não retornará, mas nas nossas cabeças, diante de nossos olhos, aquele ser, vem nitidamente, como se num estalar de dedos, ela retorna e vemos o exato instante do fato emergindo de nossa memória.
E, aqui, ontem, antes de ontem, ou como dizíamos: trazontonte, voltamos a reviver e nos pegamos a sorrir emocionadas, tendo mais uma vez a certeza que por mais vidas tenhamos, o que é importante, a pessoa que amamos, jamais é ou será esquecida.
E, aqui, está algo que faz o relógio da eternidade despertar a felicidade de te ter aqui neste momento: Mamãe!
Raimunda Lucinda Martins (Nelremar) por ela mesma.
Data: 05/08/2021- relendo, volto a sentir e ver Mamãe (Maria da Gloria Campos Martins)