Acode, acode, acode a bandeira nacional

Há quem queira ser notado ainda que tenha que pendurar no pescoço um colar de melancias. Penso também que não há demérito no anonimato. Refletindo sobre essa lamentável fraqueza humana de querer chamar a atenção para si a qualquer custo me ocorreu o gesto de uma menina, durante a Guerra do Pacífico, motivado pelo amor e o respeito à pátria que a tornou popular e querida em seu país.

Em 28 de fevereiro de 1879, o jornal El Comercio de La Paz noticiava a ocupação por tropas chilenas do porto de Antofagasta, ocorrida em 14 daquele mesmo mês, relatando em uma pequena crônica o ato heroico de uma menina de 14 anos, Genoveva Rios, filha de um comissário da polícia boliviana, que teria salvo a bandeira de seu país que tremulava hasteada no edifício da Intendência da Polícia, descendo-a do mastro, dobrando-a e escondendo-a entre as roupas que vestia.

Há muitas maneiras de dizer ao mundo: “VEJA, ESTOU PASSANDO POR AQUI”, sem recorrer a atos estúpidos.

Carlinhos Colé
Enviado por Carlinhos Colé em 01/08/2022
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