O MESSIAS DA MERCEARIA PALÁCIO
O MESSIAS DA MERCEARIA PALÁCIO
Em sua venda de falácias ele faz trapaças
O presunto, o queijo e a Bela Adormecida
Vendem mais barato que no supermercado
O Messias, filho de dona Arlinda Geraldão
O Messias da mercearia Palácio do assalto
Casado com dona Mabelle, que hipnotiza
Macacos nas horas vagas, é uma atração
A mais que atrai freguesia na mercearia
Palácio. Por isso os preços são tão baixos
Ele importa tudo do deserto, ermo do Saara
A mulher ajuda no negócio da propaganda:
“Caro freguês, aqui os preços não desandam”
Na arte da contabilidade, Guedes faz demais
Das contas. Ele compra tudo certo, direto
Das múmias do deserto. Esse aí no balcão
É o encantador de preços. Ele toca a lira
E o Lira veste a camisa do patrão. O refrão
No reino dos milagreiros da corrupção tem
Sim, base no dinheiro do contribuinte, ele
Contribuinte, financia do Messias ela, ah
Ela, sua companheira, a fiel constipação
O Messias da mercearia Palácio, plana lá
Do alto do Planalto, todos os dias, e todos
Os dias ele deleta um pouco mais e mais
A palavra-chave do país: a Constituição.