O 'MECÃO' MORREU, MESMO, NA PRAIA.

Nesta última Quinta-feira,28, o clube América F.C., do Rio de Janeiro, fez a sua última apresentação pelo Cariocão 2022, perdendo para o Volta Redonda. Por 2x1. E caso vencesse essa partida, disputaria o título da Copa Corcovado, que daria chance a ele enfrentar um quadrangular que definirá o campeão desse ano, retornando à Primeira Divisão do Campeonato Carioca.

Infelizmente o Mecão, como é conhecido por todos, já há muitos anos atravessa seríssima situação. Em todos os sentidos. Desde que foi alijado do Campeonato Nacional, em 1987. De lá para cá só definhou, chegando à segunda divisão do campeonato do Rio de Janeiro. E já está nela por vários anos.

Com isso não tive alternativa em abandonar sua torcida, bem como a não dar atenção mais para isso. De lá para cá até que fui em algumas raras partidas do clube. Mas não existe coisa pior para um torcedor em ver seu time praticar um futebol sofrível como o América passou a fazer.

Apesar dele ser querido por muitos torcedores, até os que não torciam por ele, sempre foi considerado o segundo time de muitos. Sua torcida nunca foi volumosa. E até brincavam com isso, afirmando que ela cabia inteira numa Kombi.

Felizmente, consegui livrar-me dessa pressão por qual passa um torcedor de futebol nesse nosso Brasil. Ultimamente a coisa anda saindo até do controle, com torcedores agindo de forma até criminosa em alguns momentos. E é de espantar o absurdo que se vê por aí. A começar pelas mudanças que se deram no futebol nessas últimas décadas.

Espanta mesmo é a valorização financeira pela qual passaram todos os que vivem nesse âmbito. O dinheiro rola fácil e fértil. E com as transmissões das televisões, já nem contam com a presença do torcedor nos estádios. As verbas publicitárias cobrem tudo que os envolvem.

O fato desagradável que se observa nesses tempos atuais é a violência dentro do campo. É muito comum uma equipe não repetir o grupo da partida anterior. Quase sempre por contusão de algum atleta.

Outro fato que chama atenção são as aparências usadas pelos jogadores. Chuteiras coloridas, cabelos também, excessivas tatuagens espalhadas pelo corpo. Mas em sã consciência, para quem está na terceira idade, que viu outros tempos, jogadores e até mesmo outras atuações, conclui que toda essa alteração é para desviar a qualidade inferior dos jogadores atuais em relação àqueles de um passado recente.

Mas isso é o natural da vida. Outros tempos, outros comportamentos, outras situações. Donde se pode até tirar algumas conclusões. O futebol de antes era considerado uma verdadeira arte. Já o desses tempos atuais é pura força. Por isso essa grande diferença entre as épocas.

E até se pode concluir com o seguinte: quem viu o futebol das décadas de oitenta para trás, foi um felizardo. Porque ia-se para o estádio ver craques fenomenais. E nem se precisa nomeá-los aqui. Todos são inesquecíveis. Só que atualmente, poucos deles o são. Até mesmo os que atuam na seleção nacional. E nem do país são mais. Vida que segue.

Terceiro Milenio
Enviado por Terceiro Milenio em 30/07/2022
Reeditado em 06/12/2022
Código do texto: T7571363
Classificação de conteúdo: seguro