DELEITE DO GUERREIRO

Adoro ler jornal velho, especialmente sentado no trono pra fazer o número 2. Leitura leve, descompromissada, pois nada lá mais é relevante ou preocupante, já que tudo já se resolveu de alguma forma - por bem ou por mal. Na parte dos falecimentos e anúncios fúnebres, os enlutados já devem ter se conformado com as perdas, chorado o que tinham que chorar e estão tocando a vida - ainda bem. Quando vejo algum anúncio de show ou peça teatral que agrada, bate uma certa tristeza por não ter ido mas, por outro lado, a economia feita é útil nesses tempos de vacas magras. Sem contar as promessas solenes de certos políticos que, como sempre, deixaram de ser cumpridas. É um leitura rápida, até o serviço no trono ser concluído, mas que não traz aquela aflição e inconformismo que acometem ao ler o jornal do dia.