PORQUÊ DEUS É PAI?

PORQUÊ DEUS É PAI?

Sempre quando pensava em que Deus é Pai, pensava eu, como foi que isso aconteceu, como aprendemos a reconhecer Deus como Pai – o pai consanguíneo seria o paizinho e, o pai maior, o Paizão? Até então, na minha vida infantil, era assim que pensava, no entanto, a compreensão somente veio mais tarde, quando podia pensar teologicamente. O início da história da humanidade havia começado com uma família, quando depois da quebra da primeira aliança com o Criador. Pai e mãe, filhos e filhas – a família, os clãs, a comunidade. O pai consanguíneo, sendo o provedor da família, aprendeu desde cedo que era necessário manter a vida temporal numa relação perfeita com o Pai Criador. Para explicar a razão dessa relação, será preciso pensar teologicamente. Lembram-se de que após ter desobedecido o Criador, o homem se escondeu? Lembram-se do diálogo estabelecido entre o Criador e o primeiro homem? O Criador pergunta: “Adão, onde está você?” Deus precisaria ter perguntado a Adão onde ele estava? Certamente que não, pois que Deus é Onipotente, Onisciente, Onipresente – tudo sabe, tudo vê está em todo lugar. Com a pergunta feita, o Criador estava dizendo que: a partir de agora temos que manter um diálogo constante para que tudo se realize dentro da minha vontade – numa relação de Pai e filho. Bem, eu sei que ainda preciso explicar, e vamos fazer isso a partir de algumas perguntas: O pai provedor da família é exemplo de homem forte e decidido, cuidador da família? O pai tem seus filhos em sujeição? O pai é o sacerdote do lar – é ele o líder espiritual da família? Quando o filho pede a bênção ao pai, qual é a resposta do pai? Certamente que vai dizer: Deus te abençoe meu filho! Nessa relação de pai e filho, o homem entendeu que aquele que era o Pai maior, esse era o provedor, o cuidador, assim como o pai consanguíneo que desde cedo mostrava amor e cuidado com os filhos, aprendeu a reconhecer o grande amor de Deus no cuidado com as suas criaturas. Nessa trajetória, não como ovelhas desgarradas, dentre tantas criaturas, o Pai do céu escolheu um povo somente para si, ou seja, aqueles que guardavam e cumpriam seus preceitos. Nessa relação os caminhantes humanos sabiam que precisavam andar em comunhão com Deus. Não sei se deu para entender, mas, o que afirmamos é que, primeiro foi conhecido o pai de família, somente depois disso é que o Pai do céu ao deixar seus mandamentos recomendando como deveria viver o homem. A partir daí, o que temos que perguntar é: que tipo de Pai você é? Do tipo que faz dos seus filhos um amigo? Do tipo que dá instrução espiritual e ensina o menino no caminho em que deve andar? A Bíblia afirma que se for assim, o filho até quando envelhecer não se desviara do caminho do Senhor, (Pr 22.6) O pai que cuida dos seus filhos e lhes dá amor, suporte moral e espiritual, terá na sua velhice o amparo e o reconhecimento de seus filhos. Fora desses preceitos e com as consequências da separação, do abandono ou dá má educação, com certeza a vida será um desafio cada vez maior durante a sua peregrinação, e muitos podem chegar ao ponto do abandono, ou, talvez curtir a solidão de um asilo – isso é muito triste. Por isso, não é somente viver o prazer do sexo fácil, mas entender que, se engravidar uma mulher terá que pensar como fazer para ser abençoado, mesmo na sua desgraça. Filho é riqueza de Deus, não é fruto de um adultério ou de um caso mal resolvido. Se por um lado, o pai responsável, cumpridor de seus deveres, anda com Deus, certamente que terá de Deus a benção de ter cooperado para encher a terra de sua imagem e semelhança. Por outro lado, o castigo das más escolhas, o que aliás, não é castigo de Deus, mas consequência dos próprios erros dos pais descuidados de suas responsabilidades. Deus é e será sempre puro amor. A Bíblia diz que “um abismo atrai outro abismo”, assim, por nossos erros e pecados, somos nós mesmos que assinamos a nossa sentença. Contudo, pecado tem jeito, é somente conversar com o Pai do céu que por seu Filho é o único nos é capaz de perdoar. Se como pais somos tão importantes assim, devemos ser um pai de tal maneira que Deus seja visto em nós – pai que ama, que perdoa, que chora com seu filho, que com sua casa se alegra, celebra a vida e se manifesta sempre grato a Deus o Pai do céu. Lá no céu, todos os que fomos adotados por Cristo, seremos de igual modo filhos. Por quê Deus é Pai. Seja um bom pai!

27-07-2022