“PALMAS PRA MALUCO DANÇAR”.
(Crônica).
Quem tem voz não tem moral, quem tem moral não tem voz... Desde 1960, quando ainda tinha três anos de idade, eu não via, mas ouvia a voz dos políticos que ainda ouço; não via por que na época eu não tinha um aparelho de televisão, mas ouvia no radio sem muito entender, mas hoje eu entendo muito bem o que diziam.
Naquela época eles falavam em melhorar as condições de vida do nosso país, falavam do que o país precisava para mudar as condições de vida do povo brasileiro, naquela época esses mesmos políticos já eram deputados, senadores, ministros... Depois disso já ocuparam cargos de governadores; homens e mulheres, que fizeram fortuna mamando nas “tetas”, da economia nacional.
Hoje aquele garoto dos anos sessenta, que ouvia aqueles discursos, ouve e vê as mesmas ladainhas... Somos obrigados a desligar os nossos aparelhos de televisão ou rádios, se não estivermos dispostos a ouvi-los, tal qual “era”, há quarenta e poucos anos atrás. Um fala mal do outro se esquecendo, que também já teve o poder em suas mãos, e não consertou o que tinha de errado.
Por outro lado, quem tem vontade de falar não tem o microfone para dizer o que pensa para cobrar o que lhes fora prometido, para lembrá-los, do que precisa ser feito.
Que moral tem essas pessoas para cobrar alguma coisa dos seus colegas? Para prometer algo quando são chegadas as eleições... Que moral tem essas pessoas para interromper as nossas programações normais, para falar o que já estamos cansados de ouvir... Dificilmente eu vou a um teatro para assistir a mesma peça, muito menos com os mesmos atores; é o mesmo que adentrar num circo para assistir o mesmo espetáculo, com os mesmos palhaços todas as noites, nem mesmo loucos se prestariam a tão ridículo papel.