JINGLE

Um dia desses, em um bate papo informal com colegas de trabalho sobre politica partidária eu saí com essa:

- Olha, vou dizer uma coisa! Nunca fui candidato a nada. Até me convidaram e eu não aceitei. Mas, se algum dia eu topar, o que nunca vai acontecer, jingle tá pronto. Eu ganharia a eleição só na publicidade. Quer ver? “ Vote! Jadilson da bombom!” e nessa parte entra o jingle: Ele é o bom, ele é o bom, ele é o bom! E continua: Saúde? JÁ! Educação? JÀ! Segurança? JÀ, Habitação? JÁ! Transporte? JÁ! E aí é que entra a mixagem: JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJADILSON!

E sai a mixagem, volta o jingle: Ele é o bom, ele é o bom, ele é o bom! E vai rodar até ficar impregnado no subconsciente das pessoas, a ponto de ao ouvirem o meu nome, o refrão saltar incontinenti: “Ele é o bom! Ele é o bom! Ele é o bom”! E então, basta vincular o nome a um número e pronto! Tá feito!

Estava nesse ponto quando uma colega de trabalho que estava concorrendo à vereança no Município de Santo André, disse:

- Nossa, Jadilson! Você é tão criativo! Cria um jingle para mim também!

E eu que sou criativo, mas nem tanto, assim que ela saiu, já emendei de primeira:

Vote! Cristina da Fundação! Ela é o cão, ela é o cão, ela é o cão! A Cristina era uma ótima candidata, mas não se elegeu.

Parece uma brincadeira boba, mas é dessa forma que palhaços conseguem se eleger com votações expressivas. E isso não tem graça nenhuma. Por trás de cada grande homem público tem sempre uma boa equipe de marketing. Todo cuidado é pouco na hora de dar o seu voto de confiança. Devemos votar em uma pessoa e não em um Jingle qualquer...

PS. “Jadilson da bombom” é porque sou comerciante além de servidor público.