“INIMIGOS DA NATUREZA”.
(Crônica).
A natureza pede passagem para os séculos vindouros, mas existe um empecilho... Cujo nome é ser humano.
Este empecilho acha linda a natureza, só da boca pra fora, pois as suas ações são inimigas da nossa mãe natureza.
Quando aqui neste país só viviam selvagens, pessoas ignorantes na literatura social, mas doutores na preservação ambiental.
Por esse motivo, quando alguém tenta me atingir chamando-me de selvagem, eu abro um largo sorriso e agradeço, uma pessoa de visão sabe, que um selvagem é defensor da natureza, no entanto, o selvagem urbano ostenta um titulo de cidadão que é desrespeitado por si mesmo, quando ele invade uma área de manancial, visando obter lucros, ou até mesmo privatizar áreas que outrora “era”, lazer para toda humanidade, praias, parques... Pessoas que não se dão ao trabalho de ir até um parque, para deliciar-se, com a magia da natureza; preferindo privatizar parte dela perto de si, ou seja, manter animais prisioneiros, aves e pássaros presos em gaiolas, até desviar o curso dos rios, não se importando, com a conseqüência dos dias e anos que virão.
Aquela pedra que enfeitava aquele bosque... Foi quebrada para enfeitar a sala da sua casa, a curva daquele rio, que eu brinquei com os meus amiguinhos quando criança, já não existe mais, aquela alameda sombreada... Hoje é simplesmente uma avenida empoeirada, pois a prefeitura derrubou todas as árvores.
O charmoso rio onde D. Pedro deu o grito, hoje não passa de um esgoto a céu aberto. Com certeza daqui a alguns anos, a nossa terra querida será simplesmente uma esfera asfaltada... Eu não estarei mais aqui, mas com certeza haverá algum descendente meu.