NO SILENCIO DA NOITE
NO SILÊNCIO DA NOITE
CRÔNICA - 25/07/22
É madrugada. O relógio marca exatamente uma hora e quinze minutos. Sem sono, levanto-me e no silêncio profundo da noite sinto-me, ante a imensidão do Cosmos, salpicado de estrelas, tão pequeno como um grão de areia no oceano. Dando-me conta de minha pequenez, percebo a grandeza do universo e o poder criador que a tudo envolve.
Quem sou eu ante tantas maravilhas? No entanto, minúsculo como sou, eu penso, logo existo. E se existo, fui criado e sou parte de um todo. E se sou parte, fui planejado e, portanto, necessário na obra da criação. Meu pensamento se volta de imediato para Deus. Não poderia ser de forma diferente. Só um tolo exclui Deus como criador. Só Deus pode, do nada, tirar a mim e o tudo a minha volta.
Em meio às estrelas vejo luzes que cintilam a uma distância tão grande que chegam a me causar vertigens. É como se num piscar de olhos me projetasse às alturas e voltasse ao chão. É maravilhoso como, diante de tanta grandeza, só ao homem foi dado o poder de pensar. Talvez porque só assim seja a imagem e semelhança de um Deus que deseja ser encontrado em sua obra.
O tempo passa. Já são duas horas e este homem pequenino compreende que não está só; que é importante para o Criador. E que apesar de ser comparável a um grão de areia, foi planejado e criado por um Deus de maravilhas e amor. Sinto a presença de Deus. Acho que foi para esse encontro que Ele me tirou o sono. Estou agradecido pelo silêncio da noite, pela insônia, pela imensidão do universo e por um Deus que se importa com a minha vida.