TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO NÃO É DOENÇA, É APEGO! ("Não somos acumuladores, somos o fluxo da vida. Por mais forte que seja o nosso desejo de posse, já somos o passado dos nossos descendentes." — William Eduardo Marques)
Havia uma pessoa especial, um acumulador, que possuía um olhar único sobre o mundo. Era eu, imerso em um universo repleto de objetos aparentemente desprezíveis aos olhos dos demais. Mas para mim, cada coisa tinha um valor inestimável.
Certo dia, enquanto vasculhava minhas coleções, refleti sobre o que me fazia enxergar beleza onde muitos só viam insignificância. Percebi que, ao valorizar o que é desprezado, também evitava menosprezar as pessoas que são marginalizadas, que não se encaixam nos padrões estabelecidos. A vida me ensinou que cada pessoa, por mais desprezada que pareça, carrega em si algo especial. Todos têm histórias, talentos e experiências únicas que podem iluminar o mundo de maneiras imprevisíveis.
Lembranças de meu avô ecoaram em minha mente, suas palavras sábias preenchendo meu coração: "quem guarda o que não quer, tem o que precisa". A mensagem por trás dessas palavras parecia ganhar vida em cada objeto que eu acumulava.
Através do meu olhar apreciativo, descobri que a verdadeira riqueza está na capacidade de reconhecer o valor nas coisas e nas pessoas, mesmo quando outros não conseguem enxergar. Afinal, é nessa diversidade que reside a beleza do mundo.
Em minha jornada de acumulação, percebi ainda que o que guardamos pode ter uma utilidade surpreendente, tanto para nós mesmos quanto para os outros. Um simples item, que para muitos seria descartado, poderia se tornar um tesouro valioso nas mãos de alguém que o necessitasse.
Portanto, convido você, leitor, a refletir sobre como podemos encontrar tesouros escondidos nas situações e nas pessoas que muitas vezes são ignoradas. Abrace a singularidade de cada indivíduo e valorize aquilo que é considerado desprezível. Pois, ao fazer isso, descobriremos um universo repleto de possibilidades e uma conexão genuína com o que nos cerca.