Quem dera
á devo ter falado nos meus textos que minhas duas filhas não acreditam em Deus. A mãe acredita, a vó materna acredita, a vó paterna acreditava, assim como toda minha família acredita. Enfim, elas não são a nossa imagem e semelhança.
Sexta-feira elas chegaram na minha casa por volta das vinte e trinta, jantaram, jogamos Uno, depois Ludo na plataforma digital, e conversamos até cinco da madrugada. Foi extremamente agradável.
Falaram dos seus motivos para não acreditaram no Todo Poderoso, e, então, descobri que elas são agnósticas. Mas descobri algo que já imaginava a respeito delas, na verdade ouvi da boca delas: não é importante no que a pessoa acredita, mas o que ele vive.
São meninas sensíveis que adoram ler e respeitam a diversidade. Tem grandes aspirações, planejam morar fora do Brasil. Falam de valores e não de pessoas.
Foram horas extremamente agradáveis e, como sempre que estamos juntos, percebo que Ele está feliz com o caminho que elas estão trilhando. Quem dera fossemos todos mais ação e menos crenças.