A SOCIEDADE INDIVIDUALISTA

Vivemos em um mundo marcado pelos avanços tecnológicos. Meios de comunicação como a Internet colocam pessoas do mundo inteiro em contato umas com as outras. Atualmente uma pessoa pode "conversar" com uma outra pessoa que vive em qualquer parte do mundo. Basta ter um celular, um notebook ou um computador e acessar a internet para iniciar a conversa. Mas será que isso significa que as pessoas estão cada vez mais unidas, mais amigas umas das outras e mais abertas a novas amizades? Deveria ser assim, mas infelizmente não é o que acontece.

Na sociedade extremamente globalizada em que vivemos, o ser humano tornou-se individualista. O mais estranho é que muitos se sentem felizes sendo assim. Ele, o ser humano, cria o seu mundo próprio, o seu círculo restrito de amizades, a sua própria sociedade individualizada. Mas o jovem de hoje não é culpado por agir dessa maneira. Ele foi criado assim. Individualista e egoísta. As pessoas, muitas das vezes, moram no mesmo prédio e são até vizinhas, frequentam os mesmos ambientes e sequer sabem os nomes umas das outras. O mais engraçado é que o homem se considera um ser sociável.

A internet, símbolo da modernização e da globalização, deveria nos unir, mas a verdade é que ela vem nos separando cada vez mais. Através da internet, costuma-se ter centenas ou milhares de "amigos virtuais". Muitas pessoas possuem esses ditos amigos e costumam manter contato virtual por anos, inclusive muitos namoros virtuais acontecem, mas uma coisa, mesmo que inconsciente, deve ficar clara: O contato só pode ser virtual. A regra que prevalece é que conhecer pessoalmente não faz parte do plano. O contato pessoal pode atrapalhar a amizade ou o namoro. Em tempos de internet, esse tipo de contato físico não é visto com bons olhos e deve ser evitado.

Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo coletivo, no qual estamos focados em nossos objetivos, em nossos próprios desejos egoístas, em nosso mundo particular, onde parece não ter mais espaço para uma amizade sincera, duradoura, palpável. A ideia não é fazer nenhum julgamento do que é certo ou errado. É apenas uma constatação. Estamos sendo criados para sermos assim. É o que nos tornamos e é o que nós somos.