Bolsonaro é culpado - um exemplo da mentalidade antibolsonarista

Rodolfo, meu grande amigo, eu não entendo, juro - juro, com uma das mãos às costas, fazendo figas -, o que há na cabeça dos mais fervorosos críticos de Jair Messias Bolsonaro, o presidente e o homem. Parece que estão eles doentiamente apaixonados pelo nosso querido Mito, também alcunhado Capitão Bonoro, e por alguns chamado Bomnosares, mas, inscientes do que lhes vai no espírito, vituperam catilinárias verborrágicas, a revelarem a alma demencial que lhes inspira todas as atitudes, contra o homem que miram, para alvejá-lo roubando-lhe, se não a vida, o amor à vida.

Erro em chamar tais criaturas de críticos do presidente Bolsonaro, pois críticos dele eles não são. Atribuem, sempre com as suas proverbiais presunção e estupidez neles já identificadas, apanágios de seres desprezíveis, ao presidente todos os males do mundo, e o condenam, a ferverem de ódio, ao fogo do inferno, sem sequer lhe oferecerem, o que para eles é inadmissível, o direito de falar uma palavra que seja em sua defesa. Estamos em um tribunal, e neste são os antibolsonaristas o acusador, o advogado de acusação, o juiz, o promotor, o procurador, as testemunhas, o júri, e, no banco dos réus, sentado, algemado, amordaçado, Jair Messias Bolsonaro, que antes mesmo de passar pelo enquadramento da porta principal do tribunal ouvira o veredicto: culpado. Kafkaniano, o processo.

É esta a mentalidade dos antibolsonaristas: Bolsonaro é culpado porque é culpado; se ele é culpado; se sabemos que ele é culpado; então, ele não tem o direito de dizer que ele não é culpado.

Chama-me a atenção - e o que me chama a atenção não me surpreende - o senso de justiça dos antibolsonarista: Bolsonaro e todos os seus aliados são culpados de todos os crimes que lhes imputam; os inimigos dele jamais cometem crimes. Para os que odeiam Jair Messias Bolsonaro - e estou a falar de não poucas pessoas de meu convívio - há, assim eu interpreto o pensamento deles, no Brasil, duas Constituições Federais, dois Códigos Civis, dois Códigos Penais, dois Direitos Criminais, dois, enfim, sistemas jurídicos, um, que existe para julgar, exclusivamente, Jair Messias Bolsonaro e seus aliados, e a condená-los, infalivelmente, o outro a julgar os inimigos dele, e a inocentá-los, invariavelmente.

Há não muito dias, ouvi um antibolsonarista, professor de filosofia, a declamar, com o fervor dos fanáticos, um poema antibolsonarista cujos versos defendiam uma tese extraordinariamente perspicaz - na opinião dele: o Bozonazi (é assim que ele se refere ao presidente) e seus filhos são criminosos, milicianos, porque a imprensa publica muitas reportagens que tratam dos crimes que eles cometeram. Perguntei ao distinto herdeiro de Sócrates, Platão e Aristóteles se a imprensa é tribunal. Ele me fitou com cenho franzido, ar de poucos amigos. E permanecemos ambos os dois em silêncio por um curto momento. E seguiu-se um diálogo, que nas linhas abaixo eu reproduzirei o mais fielmente possível:

- A imprensa é tribunal? Tem a imprensa poderes legais?

- Bozominion - falou-me, agressivo, quase aos berros, a ponto de se atirar sobre mim, e esganar-me -, você é gado do Mitonazi. A imprensa pública fatos, apenas fatos. E não foi só um jornal, uma televisão, uma revista, um site, que publicou reportagens que falam dos crimes da Família Bozofascista Miliciana Genocida Negacionista. Foram vários.

- Mas - falei, medindo as palavras -, a imprensa já publicou, e não há muito tempo, acerca do seu político de estimação, o (e citei-lhe o nome) muitas reportagens a respeito dos crimes dele.

- E ele respondeu aos processos, e provou-se inocente.

- Eu sei. Mas a imprensa publicou as reportagens. Com as publicações, provou que ele era culpado? Não. Os casos foram aos tribunais, que o inocentaram. Se ele pôde contratar advogados, e defender-se, nos tribunais, de todas as acusações que lhe fizeram, o Bolsonaro também pode. Até prova em contrário, o presidente é inocente. Eu não sou jurista, mas sei que ao acusador, e não ao acusado, cabe o ônus da prova, que deve ser apresentada, nos tribunais, diante do juiz, dos advogados, do promotor, do júri. Toda pessoa tem direito à legítima, ampla, defesa. Segundo a justiça, o que vale para o Chico vale para o Francisco. E não se tira de um peso duas medidas. O Bolsonaro....

- O Bozonazi é miliciano genocida. Matou mais de seiscentas mil pessoas de covid. O governo dele é o mais corrupto da história do Brasil.

- Mas ele tem direito a...

- Fascistas têm direitos, gado!? Fascista nem gente é!

E tratei de encerrar a conversa, que só me traria mais aborrecimentos do que os que até então eu já tivera.

'Ta'í, meu amigo, um exemplo da mentalidade antibolsonarista.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 20/07/2022
Reeditado em 20/07/2022
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