A volta da dupla dinâmica

Estava eu no meu celular sentado, checando os meus e mails, em minha mesa de trabalho no meu tal ponto comercial e de súbito aparecem como uma assombração dos diabos; essa dupla dinâmica, a estrela maior e a olhar maligno; como sempre elas ficam encostadas na lixeira em frente de casa, na entrada do portal principal, enfim ô povinho pra gostar de está cheirando lixo e outras coisas mais pra variar. Aliás, essas tais duas criaturas insuportáveis que dialogavam entre elas, numa conversa estilo sem noção e tão cômica de tragédia dramalhão. Que se iniciava assim.

_ Pois é menina hoje eu tô tão feliz! Que tu nem imagina!

_ Porque tu tá assim fuleira?

_ Eu tô assim, porque hoje eu vou ter um encontro com um velhão,.

_ Ah! é? é por isso, é que tu tá assim né? E aí me conta a parada?

_ Primeiro nós vamos jantar e depois nós vamos para o motel, pra tirar uma ondas e aí nós vamos entrar numas e outras e tu sabe como é né?

_ Pô, tu é muito cachorra mesma, sua vagal! Será que tu pode me incluir nessa barca também mana?

_ Ah! sinto muito maninha, mas esse velhão é sou meu! Arruma outro macho pra ti galinha!

_ Cara, fala com ele, se ele não quer duas com um preço de uma, mana.

_ Não maninha, já está decidido, eu vou sair com ele sozinha, assim eu faturo melhor na bolsa.

_ Porra! Mas tu é foda mesmo, sua égua velha!

_ É maninha, eu tenho os meus contatos por aí, comigo o bagulho é doido!

_ Então pergunta dele, se ele não tem outro amigo pra a gente tirar umas ondas juntos.

_ Tá bom, vou ligar pro meu velhão, agora mesmo, pra vê se eu arrumo um peguete pra ti também amiga.

_ Aí sim, tá de boa sua fuleira velha!

Enfim, esse era o papo cabeça, dessas duas empreendedoras do crime e do sexo, defendendo a boia do Jaraca, pra faturar na bolsa de valores da perseguida. Pois é, meus amigos leitores, eu ainda tenho que aguentar isso!, de tá ouvindo essas coisas doidas, da estrela maior e da olhar maligno. E isso é todos os dias, a mesmíssima mesmice de sempre.