CRÔNICA – Repúdio ao estupro – 13.07.2022 (PRL)

 

CRÔNICA – Repúdio ao estupro – 13.07.2022 (PRL)

 

(HUMOR)

 

A imprensa, de modo geral, tem sido pródiga nas publicações contrárias a esse horroroso crime de estupro, e no Brasil não poderia ser diferente, uma vez que é da lei e do domínio público que “forçar alguém a praticar atos sexuais constitui crime definido no artigo 213 do Código Penal”.

 

A penalidade prevista na norma legal varia de 6 a 10 anos de reclusão, todavia, à medida em que as circunstâncias são agravadas pode ir até 30 anos, no caso, por exemplo, em que resultar na morte de vulnerável. Pelo menos essa foi a orientação que tivemos num curso rápido sobre direito ministrado pelo meu patrão há alguns anos.

 

E, por falar nesse crime, me veio à mente uma história que me contaram lá no sertão do Nordeste, nos áureos tempos de homem honesto e trabalhador: “Um rapaz havia concluído seu curso de odontologia, por sinal com notas excelentes. Abarrotada de dentistas a sua cidade, eis que resolvera montar seu equipamento numa cidadezinha longínqua do interior, onde ganharia seu dinheiro tranquilo e seguro; poderia até enveredar pelo caminho da agropecuária, quem sabe!

 

 

Pois bem, numa rua modesta de sua nova cidade, alugara uma casinha bem caprichada, que dava muito bem para instalar seu consultório com cadeira e demais equipamentos próprios da profissão. Entretanto, uma artéria movimentada para o lugar, ponto de encontro da rapaziada bonita e sadia do interior.

 

O grande problema foi que alguns bonitões simpatizaram demais com a esposa do dentista, mulher linda e muito bem-feita de corpo, parecendo até uma miss (por sinal havia sido candidata, tempos atrás, a representar o seu bairro num concurso de beleza municipal, sendo a segunda colocada). O mais atrevido deles era, justamente, o filho do dono da casa, cujo aluguel, em face do pouco movimento, havia atrasado quase três meses.

 

O assédio era tão grande, mas ela sempre recusando, que a mulher resolveu abrir o jogo e contar para o seu marido, que não ficou surpreso, tanto que recomendou que ela aceitasse marcar um encontro com um daqueles garanhões na sua própria casa, em dia que ele inventaria uma viagem, mas que na verdade estaria escondido nos fundos, a fim de pegar o flagrante.

 

Dito e feito, no dia e hora combinados, o homem mais sem vergonha do mundo chegou todo emperiquitado, pensando que estava abafando, beijinho para lá, beijinho para cá, e resolveu entrar. Abraçados, ela o levou para o quarto do casal, fingindo estar também apaixonada os quatro pneus pelo danado do rapaz. Quando menos esperavam, eis que chega o maridão e bate na porta. Então o namorador pergunta: e agora? – É meu marido, entra aqui nessa roupa de tigre para despistar. O sujeito vestiu a roupa, deu justinha nele. – Alguma novidade, pergunta o dentista. – Somente o nosso tigre, que está ocupado.

 

Então o dentista se aproximou do animal, abriu bem as suas perninhas, alisou bem o local, passou seu creme oleoso infalível nas duas partes, e mandou lenha, uma, duas, treze quatro vezes. O tigre cansado, ofegante, deu um pinote e saiu correndo e gritando pela rua a fora: vai gostar de tigre assim na puta que o pariu.

 

Nunca mais o cidadão se enxeriu para nenhuma outra mulher!

 

Qualquer fato semelhante ocorrido com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.

 

SilvaGusmão

 

 

ansilgus e Domínio público
Enviado por ansilgus em 14/07/2022
Reeditado em 14/07/2022
Código do texto: T7559196
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