ERREI NA OPÇÃO
ERREI NA OPÇÃO.
Analisando, repensando minha vida pregressa cheguei a triste conclusão, escolhi errado minha profissão. Sim, devo exclusivamente a minha incompetência. Fui levado pelos ventos favoráveis da época e também por não ter um conhecimento maior do contexto do momento em que vivia.
Aqui estou há vinte e dois anos no serviço público como professor.
Durante anos convivo nesse meio ambiente do professorado, falo por experiência própria, não posso generalizar em relação ao Brasil, contudo, observo que essa categoria ao longo dessas duas décadas na prática com professores é por demais decepcionante.
Explico, a nível de educação doméstica, egoísmo, com raríssimas exceções, são professores sem nenhum fino trato, sem educação apurada.
A maioria vem de classes subalternas. Onde a profissão de professor é mais fácil de ascender socialmente.
A minha inquirição empírica se dá quanto ao comportamento desses docentes na hora do intervalo quando sobra merenda dos alunos. Quando chega o lanche, e se é servido bolo, mugunzá, ai maioria avança na merenda como se fosse o último alimento da Terra.
Tem professor que chega um pouco atrasado da sala de aula, mas ao procurar o lanche as vasilhas encontram-se vazias, só falta mesmo ser lambidas pelos mortos de fome.
Nesse mesmo clima fico esmerilar esses docentes lancharem. As jarras de suco postas na mesa, professor repete duas, três vezes, as vezes até não sobrar nada. Não se importam se outros professores não tomaram o suco.
E olha que ja trabalhei em varias escolas públicas seja a nível estadual ou municipal. Pois é, errei na profissão.