O jejum que desagrada a Deus, de frei Cappio

Não é que o frei Cappio perdeu o “capo” novamente, repetindo sua inconseqüente greve de fome, ou jejum, ou melhor ainda, chantagem emocional. Não cabe a ele interferir no Estado, por este ser laico.

A Igreja Católica não aprova sua atitude, pois ela entende, já há bem mais de um século, que em matéria de ciência, a última palavra é dos cientistas. Será que ele esqueceu do voto de obediência prometido a Igreja?

Sua famigerada greve de fome chega a ofender e humilhar os seres humanos que passam fome de verdade. Além do mais, sua atitude é contra o Evangelho: constituição da Igreja que ele deveria ensinar e praticar. Será que ele já não se lembra da passagem que Jesus diz ter o poder de dar a vida e de retomá-la? Recomendo ao excelentíssimo Dom Luiz Flavio Cappio, ou invés de fazer jejum, comer alimentos ricos em fósforos.

O grande apóstolo Paulo, também disse que: ao administrador cabe ser fiel. Nós somos administradores do dom da vida, e não donos dela. No mais, a Igreja é contra a eutanásia, ainda mais de uma pessoa que nem doente está, e que tem recursos, graças a Deus, para se alimentar muito bem! Se Deus quisesse que frei Cappio passasse fome, teria feito ele nascer num país bem pobre do continente Africano.

São Francisco, santo fundador da Ordem a qual o referido Bispo pertence, hospedou-se certa vez num palácio episcopal.

O Bispo querendo dar boa acolhida ao santo e graças a Deus pelo alimento que tinham fartamente à mesa, insistiu para que Francisco, durante aqueles dias, comesse de tudo, o que ele, Francisco, não quis fazer; porém, São Francisco cedeu, entendendo que seria uma ingratidão para com Deus se ele não aceitasse. A virtude da gratidão é incomparavelmente superior ao jejum.

“Eis o que observo: a felicidade que convém ao homem é comer e beber, encontrando a felicidade em todo trabalho que faz debaixo do sol, durante os dias que Deus lhe concede. Pois esta é a sua porção. Todo homem a quem Deus concede riquezas e recursos que o tornam capaz de sustentar-se, de receber a sua porção e desfrutar do seu trabalho, isto é dom de Deus.” Ecl. 5, 17-18.