VERDADES INTEIRAS. TODOS QUEREM TER RAZÃO.
Queremos uma verdade ótima, boa, generosa. A isso só chegaríamos através de um processo de fatos e engenhos altamente mentirosos. Verdades são relativas. Na vida fenomenológica, causa e efeito, o acessório segue o principal. Foi sempre assim, mas muitos cursam o inverso, e o desfecho é a falta de organização atual, aqui e no mundo, com graves consequências. Não se pode traçar condutas para harmonizar e não seguir as mesmas. Todos têm essa consciência, mas insistem em repudiá-la.
A restrição nunca seguirá a liberdade. Esta é o principal, tudo mais é acessório. Minha verdade nunca será plena, embora sabendo que se fosse realizada atenderia aos meus desejos, fato principal, se para chegar a ela estou estruturado na mentira, a falsidade do acessório que segue a inversão. É o que se vê, o que se vive. O mergulho nas dissipações todas nascem desse estado de coisas; isso já é vetusto.
O que mais me incomoda após me apossar de estrutura macro do direito como ciência, cientificidade que move toda a sociedade, é ouvir essas mentiras que não são nem surrealismos, “Estado de Direito”, “Democracia”, “Devido Processo Legal, Contraditório Regular, Ampla Defesa”.
Não achei minha identidade compreensiva a tempo de ser pessoa integral. Esse é o quadro que se vê no geral, difícil cenário. Forçoso combate. Recuso a verdade que conheço e nego. Aprecio e festejo o mesmo princípio que censuro. Sou puro paradoxo.
O respeito ao Direito perdeu respeito. Sou antítese. Nunca serei tese. A inversão é dominante. Inteligência limpa, sem interesse mesmo idealista, que não mata, não aprisiona, antes liberta e ama, está rareada. O que não existe não se cultua. Nem se é seu servo. O direito como ciência objetiva destinada a regular a sociedade é ficcional, não cumpriu seus fins. A fome e a pena de morte, esta mesmo se extinguindo em vários países, mostram que o Estado faliu em seus fins, o bem comum. Nem provê a necessidade maior de proteínas, embora o homem primitivo o fizesse, pois não morria de fome, o que não acontece com o civilizado, que nem educou razoavelmente o cidadão para não cometimento de crimes contra a vida.
Direito, qual direito? O ódio não está na conquista de razões pessoais resultantes do ideal.
O ódio à liberdade mata, mata a forma e a alma que veste a forma, seja qual for sua origem. A morte por valores de dominação é e sempre foi repulsiva na história. O amor virou a página da dominação e da escravidão, muitos não conhecem a história e seus mártires, mas os maiores mártires são os que a história não registra em identidade, nem mesmo em número.
Estamos todos a procura da “Terra prometida”, mas ela não está aqui.