#lucindanelremarcrônica ? Desabafo...

Pensando cá com meus botões ao ver mais uma vez resultados de pesquisas sobre a população brasileira. Os piores índices de um país que desde sempre foi falado que é uma potência; dono de riquezas naturais e culturais imensuráveis. O tão chamado país do futuro que parece para alguns tão inalcançável... Por que será?

Trazendo para o meu Maranhão. Um estado riquíssimo culturalmente, também tendo recursos naturais que poderiam fazer com que conseguisse ser um estado com melhores índices, mas que não atinge, fica sempre entre os piores, quando não o pior. Por que será?

Costumo dizer que o Maranhão é um retrato do Brasil em menor tamanho. Sim, o que vejo no País como um todo, vejo refletido neste pedaço de chão que se chama Maranhão. Em que baseio esta afirmação:

No fato que assim como os dados estatísticos observados, levantados no Brasil que deveriam nortear as políticas públicas, por aqui também ao que parece ficam só para servirem de notícias ou para servir de base para discursos políticos em tempo de campanha eleitoral. Quem é da situação se apega a pequenos "ganhos" e quem é da oposição se agarra às perdas, aos índices negativos.

No meio desse embate, fica a população inteira, uns batendo palmas, outros vaiando e outros tantos, esperando que algo concreto seja feito para lhes dar uma vida verdadeiramente digna. E, assim a vida transcorre com os mesmos sintomas: problemas aumentando, de tempos em tempos levantamentos que geram discussões e surgimento de algumas soluções paliativas, tipo a tão chamada "operação tapa buraco" que na verdade é algo que é feito em um dia e no outro já sendo desfeito, de tão mal feito.

Eu era pequena na idade e escutava o blá blá blá de políticos. O tempo passou e a coisa continua no mesmo patamar, se não piorou. A brigalhada por cargos. Os conchavos, os arranjos de última hora para alguém não perder o poder; a falta de vergonha de pessoas que deveriam dar o exemplo, a compra de apoio de um lado e de outro. Uma exorbitância sem tamanho, onde o dinheiro público é colocado para dar apoio a partidos, enquanto os índices de educação, saúde vão despencando.

Há estados em que os índices são melhores, mas há sempre uma parte da população que não tem acesso ao que é vital para uma vida digna.

Assim, vejo no meu estado uma parte grande da população esquecida, vivendo de migalhas. Na verdade, sobrevivendo. No meu pensamento, posso estar errada, o problema maior é que no mundo todo, sempre existe uma parcela de seres humanos privilegiados e que fazem tudo para tirar do outro aquilo que ele deseja ou para não perder o poder.

Países que sugam outros. A velha história de colonização de certa forma continua. Veja a questão de alimentos. O Brasil é um país que exporta alimentos; enquanto milhares e milhares de pessoas não tem o que comer. Vejo aqui onde moro, cenas de pessoas morando na rua e pedindo esmolas. Estes não tem o que comer e nem um teto. Pergunto: que políticas públicas são feitas para estas pessoas? Viver de doações num mundo onde tantos estragam comida. Triste isto!

Vemos pela tv nos telejornais cenas de pessoas pegando coisas do lixo, numa das cidades mais ricas do mundo vê-se também pessoas amontoadas, caídas no chão, em barracas, nos bancos, embaixo de viadutos.. Alguns grupos de pessoas se solidarizando, procurando de alguma forma ajudar. Porem, até mesmo o número de doações diminuiu. Resultado: quem tá na fila para receber, sai sem nada. Maldade? Não, apenas é devido o fato do número maior de necessitados do que dos mantimentos arrecadados.

Enquanto isto, um valor de milhões distribuídos para campanhas eleitorais... E os " nossos representantes" dando amém. Quem diz não? Uma minoria que abre mão de seu quinhão. E a população? Ora, ela vai ser ludibriada mais uma vez... Salvador da pátria? Nem em novela.

O futuro é logo ali, ainda com o gosto amargo de passado... Não tão passado, pois ainda persiste com algumas mazelas...

Raimunda Lucinda Martins