Ela desde ela já ela

Como o olhar dela se sente amar Genoveva e tinha trinta e nove anos e era merendeira numa escolar municipal e amava a profissão que exercia há dezoito anos e era casado com o Colóquio um carpinteiro de quarenta completos e ambos eram pais de Domenico e era um rapazinho de dez anos e estudava na mesma escola em que a mãe dava assistência alimentícia as crianças e adolescentes. E a diretora Olivia fez um concurso de quem seria dentre as seis merendeiras da escola a melhor cozinheira da região e foi feito uma apuração. E foi feita em três etapas ela a Genoveva fez uma linda macarronada com um molho e almondegas e secretos e as outras merendeiras fizeram também pratos bons; e primeira das três colocadas foi a Experta e depois em segundo o Dista e quem ganhou o concurso foi Genoveva com o primeiro e único lugar. E levou como prêmio de alegria duas cestas básicas e uma medalha banhada a ouro de melhor merendeira da região da zona norte da cidade de Belo Horizonte. E ficou sendo merendeira até quando o filho se formou na faculdade de literatura e foi dar aulas na mesma escola da mãe e fazia questão de comer a merenda dos alunos que a própria mãe dele fazia com amor e esmero. E ela deixou as panelas da escola pela da casa aos sessenta e oito e ficou em casa o tempo todo tricotando e jogando dominó e damas com as amigas e fazia crochês para vender. E adorava fazer caminhadas de uma hora, pois era meio cheinha e tinha tez morena, olhos claros e tinha um metro e sessenta e quatro e usava óculos para perto e calçava trinta e cinco e pesava setenta e um quilos nos momentos; ela Genoveva era apaixonada pelo bom marido Colóquio e o filho Domenico já professor hoje. E tinha como melhores amigas da escola a boa Constância, a Serena, a Casta, a Benfazeja e a Anedota. E nenhuma delas fez faculdade e sim da vida. E elas tinham trinta filhos às seis juntas de nomes Arredias, Foz, Arde, Jovial, Nada. Cada, Longe, Pode Maestra, Poente, Asher, Ser, Obter, Clamor, Der, Paz, Cliente, Mais, Mas, Cinte, Una e Colo, Terceiro, Quarto, Septo, Nariz, Oito e Assim. E Genoveva morreu com cento e quarenta e dois. Já Colóquio morreu com cento e trinta e dois. Já Domenico morreu com cento e um e os as cinco amigas partiram com cem, cento e doze, cento e dois, centos e treze, cento e dois. Já os trinta filhos morreram com cem, cento e um, cento e dois, cento e três, cento e quatro, cento e cinco, cento e seis, cento e sete, cento e oito, cento e nove, cento e dez, cento e onze, cento e doze, cento e treze, cento e catorze, cento e quinze, cento e dezesseis, cento e dezessete, cento e dezoito, cento e dezenove, cento e vinte, cento e vinte e um, cento e vinte e dois, cento e vinte e três, cento e vinte e quatro, cento e vinte e cinco, cento e vinte e seis, cento e vinte e sete, cento e vinte e oito, cento e vinte e nove, cento e trinta. E Genoveva fez uma linda vida e cônjuge ao lado do bom marida o Colóquio e costumavam fazer amor todas as noites eles dois e eram muitos felizes e gratos e a Deus por tudo e por Nossa Senhora estar em sua casa todos os dias. E Genoveva era virgem até casar com Colóquio que também, era virgem e fazia aniversario e setembro e ela em julho linda. Domenico saiu de casa, pois decidiu namorar uma mulher dez anos mais velha do que ele e tiveram netos e deram a avó Genoveva cuidar enquanto eles trabalhavam e quando morreu a Genoveva se internou num lar psiquiátrico e ficou com, bipolar e esquizofrenia até o final de seus dias com mais de cem mais. E Colóquio e Domenico a sempre cantavam pai-nosso quando ela acordava todos os dias aos domingos. E Colóquio deu um beijão na face da mulher amada.

Observação: todas minhas crônicas são fictícias

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 07/07/2022
Código do texto: T7554610
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