Xícara de Chá
ANTEONTEM foi um dia muito triste param mim porque uma das minhas irmãs partiu para outro plano de vida. Desnecessário dizer sa dor da perda. Mesmo ela já tendo idade avançada, 86 anos. Só a fé consola.
Enquanto tentava me recompor do fato irreversível, tomando um chá de camomila, comecei a lembrar fatos do passado que envolviam essa querida irmã. Um desses fatos aconteceu quando eu era menino com uns oito anos e adoeci de coqueluche que no sertão chamávamos tosse braba. Como adocemos eu e meu irmão, quem ajudou minha mãe a cuidar de nós foi essa irmã que na época era uma menina moça de quase 15 anos. Quando vinham os acessos tosse ela com muito amor e carinho nos acalmava, contando histórias e nos ensinando a fazer barquinhos de pspel, figurinhas, peixinhos..
Fiquei pensando como é triste uma pessoa que amava o sertão ter, por força das circunstâncias, vir morar na capital e nela morrer. É triste.
Tentei lembrar outros episódios mas a emoção começou a travar. Tomei outro chá na velha xícara antiga (tem maus de 40 anos) e então vieram à menteviva e bulindo vários episódios de minha infância em Arcoverde, porta do sertão pernambucano. Lembrei do que Proust contou num trecho de um dia seus livros quando fala da Madalena envovida numa xícara de châ.
Vou ficando por aqui lembrando minha irmã Que está no sertão do céu. Inté.