Final de tarde de domingo. O sol se pondo. Dia ensolarado, como há meses não se via. Dias chuvosos e muito frios marcaram o outono.
Saí para uma caminhada, a esmo. Lentamente, observando , surpresa, as mudanças ocorridas nestes dois anos de pandemia, em que fiquei fora, no litoral. Novos prédios, novas lojas, novos espaços de lazer, na minha pequena cidade gaúcha.
Parei na praça principal, onde estão instalados aparelhos para a prática de exercícios ao ar livre. Lá fui eu me exercitar. Enquanto andava nos aparelhos, observava . Em frente da praça, o velho casarão, em alvenaria, dos tempos de minha infância, ocupa a maior parte da frente da Avenida, ainda existe. Ali, funcionava a loja do Seu Milo Ceni, ( ainda lembro o nome dele), que vendia um pouco de tudo, tecidos, roupas prontas, armarinhos, calçados. Entrava-se nela e se quisesse, se saia vestido. Ah saudades que senti, porque na próxima esquina, o prédio da Escola onde fiz seis anos de Escola primária ( atualmente Ensino Fundamental ), Colégio de Irmãs Franciscanas, particular ( hoje, o prédio pertence ao Município e continua funcionando). Na frente, um belo jardim enfeitava a entrada principal da Escola, muito bem cuidado pelas religiosas. Hoje, grande parte dos terrenos da Escola foram vendidos e neles, construídos belos prédios residenciais, mas tiraram a beleza e belas das lembranças de minha infância e de centenas de estudantes, que lá iniciaram seus estudos. Hoje , a grande maioria, reside em vários Estados do Brasil e quando chegam para visita, não deixam de visitar este local.
Pomposamente, num magistral cenário, ao alto, na rua paralela a praça, a Igreja Matriz São José, onde fui batizada, crismada, fiz primeira Eucaristia e me casei. Não é para guardar lembranças?
Gratificante, este belo final de tarde , andando ruas arborizadas de minha terra natal.
(lumah)