QUE TAL, CONTEMPLAR O AMANHECER?

Hoje, 28 de junho de 2022, acordei às 5.30h e fui até à minha varandinha, olhar o céu para dar um bom dia ao meu planeta, que penso seja Vênus ou Júpiter. Estava frio e por isso o contemplei através da porta de vidro. E ele estava lindo, dominando todo o espaço sideral que minha varandinha permite ver, quase 180 º. Procurei fitar o céu e comecei a vislumbrar outros corpos celestes tão pequeninos, quase imperceptíveis, mas eu os vi com muita alegria. Sabe por quê? Eu tenho Degeneração da Mácula e por isso dificuldade de ver os detalhes. Mas acreditem! Eu os vi, por isso a alegria!                                                                O céu de abril, maio, junho e julho são límpidos, transparentes. Parece até que Papai do Céu o limpou com “Bom Bril” deixando-o brilhando como dizia sua propaganda. E eu fiquei quase uma hora, apreciando, contemplando e rezando a Deus por esta Graça recebida, de estar em comunhão com a Natureza.                                                                                              Aos poucos uma luz rosácea e depois azulada, foi apagando os pontinhos luminosos, deixando apenas o meu planeta até o fim, se despedindo lentamente para deixar o Astro-Rei chegar com toda a sua força e o seu calor. O meu planeta o respeita, porque sua luz, também vem dele. E o dia amanheceu radiante, prometendo menos frio e muita praia e beleza para todos os cariocas!

Preciso lhe contar: ontem fiz 32 anos de aposentadoria e este foi um belo presente que recebi do Deus da Vida.

Ele recolhe com muito cuidado, tudo que acontece em nossa vida, especialmente os nossos sonhos. Sonhos de criança, de adolescente, de jovem, de adulto e de idoso. E a conta gotas, Ele os vai distribuindo, como presentes de Natal, para que vivamos nossa experiência de amor com Ele. Mas precisamos cultivar alguns dons para reconhecer estes momentos tão especiais de Graça e de Amor:

Ter olhos que vejam! Ouvidos que escutem!

Tempo que espera, de esperançar! 

E coração que sinta, para agradecer sempre!

Falo estas coisas, porque eu sonho muito, tanto dormindo como acordada. E eu sempre gostei de uma varandinha. E há vinte anos ela chegou para mim, estreita, comprida e de frente para o leste, de onde eu vejo o céu estrelado, o nascer do sol e da lua cheia. 

Assim, termino esta crônica lembrando de um pensamento do grande poeta Manoel de Barros:

                                “Minha Varandinha é maior do que o Mundo!”

                                                                                                       Em 28 de junho de 2022

                                                                                                          Terezinha Domingues