Caramelo

Caramelo. Esse era o seu nome. Nome clássico de cachorros com aquele porte e coloração na pelagem. Vira-lata legítimo, com pedigree, quase um patrimônio cultural brasileiro. Jair, meu sobrinho, há tempos trabalhava nos Correios e fazia as entregas, de moto, no bairro no qual eu morava. Sorte ser ele, sorte ser o Jair, pois amava animais e eu sabia que mal algum o faria. Outros talvez assim não pensassem e me preocupava que interpretassem, no inocente gesto, uma ameaça.