´REFLEXÃO E ARREPENDIMENTO. POLARIZAÇÃO. CONFRONTO. RUPTURA.

Reflexão e arrependimento seriam os tons para que se pudesse ouvir a sinfonia da vontade respeitada que não agride.

Reflexão que mira a compreensão onde reside a certeza que a nada leva o confronto de ideias. Tudo para que não haja arrependimento futuro.

Não se constrói nada de bom, muito menos a paz que faz crescer, sob os escombros do enfrentamento bárbaro. O desrespeito às desigualdades de ideias é barbárie; conta a história em exemplaridade. Não posso impor que outros pensem como eu.

Isso faz parte ao menos de um ritual simbólico, onde o silêncio após a não convergência de propósitos políticos/sociais, não deve e não pode ser substituído pela violência das palavras e da força física.

Se nem ao menos se conhece qualquer verdade sem aparas em qualquer campo ou atividade, se nem o Cristo perguntado por Pilatos respondeu o que era verdade, antes silenciou, dizendo que veio para fazer justiça, como alguém, tiranicamente, pode querer impor sua “verdade”? Justiça se faz com sabedoria, não com violência.

Ninguém é dogmático de verdades intransponíveis, absolutas, muito mais em ciências sociais e necessidades dos povos, na mais complexa das atividades, com todas suas mazelas, vícios e acertos, a política.

Grassa nos meios sociais um enfrentamento perigoso, temível, temeroso e arriscado, o desrespeito às posições legítimas de um ou outro lado polarizado, em razão das motivações antecedentes e atuais dos que se colocam para sufrágio universal na eleição presidencial que se avizinha.

Ninguém pode mais que um voto que representa, “cada cabeça um voto”, como ensinava o grande jurisfilóso italiano Norberto Bobbio, que derrubou o fascismo na Itália do alto de sua sabedoria combativa, mas pacifista. Faleceu nonagenário iluminando e escrevendo com mais de duzentas obras.

Que esse alinhamento atual manifestado, se contenha dentro dos limites legais, para que não extravase nem em puro embate de grupos e tão pouco e tragicamente em ruptura institucional.

Um hiato se faz necessário, para deixar de lado nossos problemas existenciais de vontades opinativas dominantes, que devemos harmonizar, pesar com apuro, para avançar em nossas posições cegas, lacradas para ver, até onde podemos, ou devemos ir, respeitando as liberdades todas sem violações.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/06/2022
Reeditado em 28/06/2022
Código do texto: T7547775
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.