Feliz Natal - 圣诞节快乐
Sempre tive em memória que Natal se relacione com o Cristianismo, não que eu acredite que tal data seja o real nascimento de Cristo, o que eu deva metaforicamente desejar que ele nasça nos corações das pessoas apenas no dia 25 de dezembro, principalmente porque não há novidade alguma de que a celebração está muito mais por questões capitalistas do que realmente em se fazer o bem ao próximo, mas nesse universo onde o imperador é o capital não há que se fazer senão ignorar o natal e passa-lo em branco, ou sair por ai acreditando no ho ho ho e que papai Noel nasça pelo menos 1 dia na vida da humanidade.
Contudo o que me indignou dessa vez foi o enfeite num dos Shopping da cidade de Bauru, quando vi a decoração natalina, juro que fiquei esperando o dragão, sair de dentro da tenda, que inevitavelmente me levou a observar cada detalhe e confesso não esperava que os americanos se ajoelhassem tão rápido à cultura oriental, e que o capitalismo transpassasse a barreira cultural com tamanha velocidade.
Pois creia se quiser, papel Noel chinês, com bigodes de Samurai, e Barbas lisas no estilo do líder religioso Confúcio, digo que foi uma mistura de papai Noel ocidental com a cultura oriental, e com característica muito fortes da cultura oriental, não que seja contra, mas, o ano inteiro vejo falar da valorização da cultura própria, e de repente me confronto com um natal oriental, quebrando todo o paradigma cultural que se alicerça o próprio evento, uma vez que o cristianismo na china não é mais do que 2,5% da população.
Bem mas isso mostra que o capitalismo chinês não está para brincadeira veio para um xeque mate, e buscará seu espaço inclusive maquiando-se da culturas do outro. Incrível porque Roma ajoelhou-se culturalmente ao pés a Grécia que manteve o domínio cultural, contudo o poder politico e econômico estrategicamente, pouco a pouco, foi miscigenando as cultura e logo tivemos a cultura GRECOROMANA, acredito que estamos na mais centralizada fusão cultural que se imaginou, mas confesso, papais Noeis estão lá, com perfis orientais, fazendo malabarismos circenses, com roupas que lembram a Bandeira chinesa e tudo, e de quando em quando aparecem uns espetáculos, apresentações que mostram as faces de louças, enfim, fiquei indignado não pela origem ou pelo aspecto, mas, pelo fato de até ontem a supremacia ser Americana e de repente, não mais que de repente, nosso conhecido velhinho não vir mais numa rena, mas num circo. Há pontos interessantes a considerar, a globalização está aí e mundo não têm fronteiras, há de se aplaudir a iniciativa, contudo, o temor é que eu via o povo babando, fotografando, achando lindo e maravilhoso tudo aquilo sem questionar, sem observar, poucos faziam a leitura do cenário, e dai a grande preocupação...,quando não se lê fica muito mais fácil dominar o colônia. Hohoho, espero que sejam melhores que a renas.