DEIXANDO MARCAS

Em pleno sábado, por volta das 3 da manhã acordei com um barulho enorme, som de quebrar pedras e máquinas, além

de vozes de pessoas na rua.

Um dos meus cães não parava de latir e então ao chamar sua atenção percebi que deveria ter alguém bem por perto de

casa, e ele alertou.

Um barulho incessante e enfadonho, que me deixou deveras irritada.

Pela manhã cedo descobri o motivo de tanta balburdia.

Era o pessoal da pavimentação consertando a rua, e marcando, com faixas brancas e amarelas para poder melhorar o

fluxo de carros.

Pensei comigo, se eu que estou longe, estou ouvindo alto, imagina quem mora mais próximo.

Porém como tudo tem uma razão de ser, mesmo com tanto barulho e incômodo a sinalização é necessária para serem

evitados acidentes.

Mas será que temos de fazer barulho pesado em nossa vida para sermos ouvidos pelas pessoas?

Será que a sensibilidade humana está tão reduzida ao seu próprio ego, que ninguém consegue mais ouvir um ao outro, a

não ser que se usem "máquinas pesadas"?

Poderíamos dizer:

- Eles podiam fazer esse trabalho durante o dia apenas fechando o espaço de rua necessário, isolando-o, mas por que

fazem de madrugada?

Bem, eu não sei responder a isso mas tenho uma certeza que se focamos em algo que queremos, e colocamos nossas

máquinas pesadas para funcionarem, com trabalho, dedicação e sobretudo amor ao que fazemos, teremos resultados,

mesmo que não nos ouçam, vamos deixando as marcas tal qual a sinalização da ruas da vida.

Kunti

Kunti
Enviado por Kunti em 27/06/2022
Reeditado em 27/06/2022
Código do texto: T7546932
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