No País Do Paradoxo
Eric do Vale
Relatei, de forma muito breve, em uma crônica o caso refente ao procurador do município de Registro, São Paulo, que agrediu a colega de trabalho.
Ao assistir o vídeo dele praticando tal ato, me perguntei : "O que está acontecendo?". Esse meu questionamento decorre da situação que estamos vivendo, no presente momento.
Prova disso são as legislações vigentes que buscam amparar aqueles que tenham o seu direito violado. A Lei Maria Da Penha que não me deixa mentir: desde que entrou em vigor, tal legislação vem sendo aplicada com precisão, na medida em que o índice de violência doméstica torna-se exorbitante.
O caso evonlvrndo o procurador do município, por exemplo: como é possível uma pessoa representante do sistema judiciário praticar violência física com uma colega de trabalho? Levando-se em conta que, no caso em questão, existem dois agravantes: o fato da vitima ser mulher e o autor exercer a função de representante da lei.
Não cabe a mim fazer qualquer julgamento em relação a conduta dele, pois qualquer um,infelizmente, está propenso a cometer alguma falha. Contudo, o que ele fez é algo extremamente injustificável e inaceitável.
Certa vez, um conhecido meu me disse:
-Sei que você é advogado e aprecia bastante a sua profissão, mas me desculpe a franqueza: o pessoal do Direito é um povo nojento!
Como não descordar? Diariamente, somos surpreendidos com essas pessoas que, valendo-se da condição de representante da lei, utilizam a célebre frase: "Sabe com quem você está falando?".