Segunda Chance
QUANDO a gente envelhece fica mais leve, ou seja, perde aquele tipo de "vergonha" da mocidade. É o caso dos escritos. Dentro de uma velha pasta guardo alguns cometidos há mais de trinta ou quarenta anos. Um deles é bem curtinho e quase ridículo. É tipo causo. Não pubiquei no jornal da terrinha porque fiquei com vergonha. Hoje apenas fico rindo quando releio. Vou transcreve-lo:
"Estava vivendo mais um dia de tristeza. Depois que a esposa absndonou-o, resolvendo tentar uma "nova vida", ele ficou só é inconsolável, curtindo a solidão e amargura. Aquele era um dia de mais um ritual triste. À tardinha saiu para comprar a "quentinha" da janta. Comprou e resolveu dar uma circulada na Praça onde tantas vezes sentada com ela num dos banquinhos. Relembrou aqueles bons momentos. Chorou. Anoiteceu e ele vou no céu ima lua nova verdade de estrelas brilhando. Uma das estrelas piscou é ele fez um pedido. Voltou pra casa. Quando foi chegando botou que as luzes da casa estavam acesas. Ficou apreensivo, pensou em arrombamento mas também pensou"será...:. " Resolveu conferir. Seu pedido havia sido aceito. Soube quando sentiu o cheiro de carne de sol assando. Entrou e então vou sua estrela de short curtinho e camiseta justa, salientando as coxas arretadas e os peitos empinados, atrevidos. E dizendo risonha: "Pois é, querido, eu fiquei com saudade, tinha a cópia da chave, estava arrependida e então voltei . Devo ir embora ou fico?". Ele nem pensou. Sabe das noites rolando na cama sozinho. Foi e correu para abraçá-la. Deixaram para comer a carne de sol e tomar uma cervejinha depois. Foram tirar o atraso na cama. No auge da vadiagem, iluminados pela lua, ele disse baixinho no ouvido dela: "Dei uma segunda chance, mas não vou terceira". Ela sussurrou rouca de prazer: "Não te deixo mais nem que tu vier broxa".
Um texto mixuruca, mas um causo que me foi cobrado num boteco. Inté.