E aí?

E aí?

Algo muito interessante acontece conosco quando caminhamos e chegamos a algum lugar. Sempre a nossa mente viaja no tempo criando histórias maravilhosas para realizarmos, mas como fazê-las se ao chegarmos em nossos laboratórios físicos, nossa vida, percebemos que nossas ideias se evadiram e sequer deixaram em nós alguma lembrança de algo? Isto não tem nada de extraordinário. No mundo em que vivemos somos envolvidos de tal maneira que sem percebermos passamos muito tempo de nossas vidas perdidos em nós mesmos, abraçados e agarrados a ideias de outros, as quais por não serem nossas, nos rouba um tempo precioso de nossos momentos. Assim surgem as questões do agora, o questionar fazer o quê?

Com situações desse quilate vem a ansiedade que é uma máquina em velocidade imensurável e nos faz viajar no mundo das ideias e desembarcar na estação do nada, a tal das ilusões, por não saber o que fazer, visto que são muitas as nossas vontades e os nossos desejos.

Pelos idos de 1973 e próximos ouvi uma frase marcante que dizia que somos ricos de desejos. Todo ser sonha em ser algo para melhorar sua vida ou mesmo até para confortar-se em sua permanência na famosa zona de conforto. Esse imaginar nos traz em primeiro lugar um estado de segurança primária ou secundária, fazendo-nos donos de nossas vontades e senhores do absoluto e da verdade. Nesse estado não temos muito a questionarmos e sim julgar os outros. Alguns chegam às respostas de suas vidas, com momentos de julgamentos, quando encontram as razões de seus fracassos com todos que consigo se relacionaram e assim acreditam-se livres de culpas, pois a culpa é das pessoas que os cercam e os cercaram por toda a vida até o presente momento. Todos nós conhecemos um alguém que sempre apresenta ideias de outros, arrazoando que eles estão ganhando muito dinheiro fazendo algo que não fazemos? Concordo de que boas ideias são para serem copiadas e reinventadas para mais e melhores. Como disse Lavoisier, nada se cria e tudo se transforma. Devemos pensar será que somos capazes de melhorar o que está sendo feito e como está sendo feito para um resultado melhor?

Penso que todos podem realizar sonhos e esses devem estar na medida da capacidade do atuante para que não se perca na elaboração do nada em castelos flutuantes no ar.

Imagino que neste instante, cada leitor estará viajando em sua imaginação e alguns se perderam no tema que ressoa em seu pensamento.

Se somos capazes de pensar, somos capazes de fazer e este só nos é possível quando começamos a buscar nossa meta de realizar, como se estivéssemos em uma viagem onde o condutor fosse nosso pensamento e nos levasse por trilhos como trens e não se perdessem nos diversos Nadis, que nos desviam de acordo com a Deusa Maia, a das ilusões.

Assim é a nossa vida, uma busca do sonho, perturbada com diversos ramais da desilusão. A ilusão ao nos conduzir e retira o solo de nossos pés nos fazendo perder a estrada da razão na condução do por quê?

Tudo isto é a festa da vida, que com glamour nos encanta e na realidade nos abraça em dor ou alegria sem mesmo saber por quê?

José Maria Alves Ferreira
Enviado por José Maria Alves Ferreira em 23/06/2022
Reeditado em 18/07/2022
Código do texto: T7543918
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